A prostituição na cidade do Huambo tem estado a ganhar contornos preocupantes, e torna-se, a cada dia que passa, numa prática que cresce assustadoramente nos dias que corre, naquela que é conhecida como a “cidade vida” de Angola.
O Jardim da Cultura, por exemplo, e as obras não acabadas que se encontram em construção na cidade do Huambo, transformaram-se num “prostíbulo”, onde a noite a dentro, adolescentes, disputam clientes com as mais adultas, num negócio, em que participam seguranças de empresas privadas, como disponibilizadores de espaço do acto, em troca de cem a duzentos kwanzas por cada cliente.
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Face ao actual contexto de crise, que à semelhança de outras paragens de Angola, o Huambo não foge à regra. Em conversa com umas das jovens praticantes, ao Correio da Kianda foi revelado que uma das principais causas, que faz as ruas da cidade do Huambo tornarem-se em zonas de prostituição, deve-se a pobreza e a miséria.
A jovem de 18 anos, que preferimos omitir o seu nome, disse ao Correio da Kianda ser proveniente de Benguela, mas desde que chegou ao Huambo, ganhou clientes, e não quer mais regressar a sua terra de origem, Benguela.
Questionada sobre os preços, a mesma fez saber a este jornal, que noutrora, por cada relação cobrava-se não menos dos três ou dois mil kwanzas, mas hoje, disse, por falta de clientes, e o números de meninas a aderirem a prática vem crescendo, até por quatrocentos kwanzas, há muitas meninas a se prostituírem.
“Antes da pandemia cobrávamos dois mil a três mil, mas hoje, até cobrar mil kwanzas os clientes reclamam. Muitas de nós, até por quatrocentos kwanzas estamos a nos relacionar, é só para não nos faltar o pão”, fez saber, a nossa entrevistada.
Face ao constatado, sobre o assunto, o Correio da Kianda conversou com o vice-governador para área política e social, Francisco Cata, que admitiu o facto, mas disse estar o Governo a trabalhar de forma empenhada para mitigar o fenómeno.
Correio da Kianda
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