Combate ao líder da oposição tem prejudicado imagem do presidente de Angola: JLo considera tréguas a ACJ



O Presidente da República e líder do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço é citado como tendo avançado com diligencias tendentes a decretar “tréguas” ao líder deposto da UNITA, Adalberto Costa Júnior por concluir que o combate que o regime move contra este opositor está a produzir resultados contrários desgastando internamente a sua própria imagem e credibilidade.


Sob o titulo “Campanha anti-ACJr ofusca Lourenço”, o boletim Africa Monitor Inteligence, refere na sua edição desta quinta-feira (11), que o Presidente do MPLA, João Lourenço, ao notar que a campanha contra ACJr estaria a afectar a sua imagem interna e externa, em especial devido aos meios e métodos usados, tentou, através de um mensageiro, aproximar-se do líder da UNITA, mas na condição de que o mesmo fizesse cessar os “ataques” à sua pessoa e à sua acção.


Segundo a publicação, o temor que João Lourenço deixa transparecer em relação a ACJr como seu adversário político, reside, em especial, na sua popularidade interna – de dimensão considera ajustada a um aglutinador de toda a oposição ao regime.




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Os danos que a campanha contra ACJ tem infligido a JL são – segundo o Africa Monitor - considerado resultado da conjugação de factores, sendo que um dos quais revela fraqueza e falta de confiança em si próprio para se bater com um adversário politico contra o qual apresenta meios desiguais. O Africa Monitor também entende que a persistência e duração da campanha converteu ACJ em “vitima”, sendo um dos factores da sua elevada popularidade interna.


Em finais de 2020, o Novo Jornal divulgou um estudo, realizado sob égide do Secretariado do Bureau Político do MPLA, que colocava o nome de Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, para quem a pesquisa recomendava que seja "vigiado e combatido até à exaustão", e classifica Abel Chivukuvuku, cujo capital político - com a saída conturbada da CASA-CE e o processo de criação de uma nova formação partidária encravado no Tribunal Constitucional - como “fragilizado”.


Na pesquisa, intitulada Posicionamento estratégico do MPLA para o reforço da sua afirmação no cenário político face real aos adversários políticos na identificação, o MPLA não fixa limites no plano ético às frentes que visam fragilizar, através da ação que mobilizará toda a sua «máquina» partidária, os adversários tidos como correção à manutenção do seu poder.


“Foi o MPLA que disse que Adalberto Costa Júnior era estrangeiro, foi o MPLA que disse depois que Adalberto Costa Júnior tinha a liderança da UNITA por um fio. Foi por pressão do MPLA que o Dr Manuel Aragão demitiu-se do TC para ser colocada lá a sua militante, que depois de pronunciamento que parecia alinhado com a CRA e a Lei, no dia de sua investidura, vem exactamente fazer o contrário, ou seja alinhou com a estratégia do MPLA”, lembra Lourenço António, coronel na reforma e antigo assessor da presidência da UNITA.



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