Ontem aconteceu algo que já vai se tornando quase trivial, mas nessa quinta-feira com um profundo significado político, em prejuízo de quem governa.
O Banco de Poupança e Crédito gozou com a cara de muito boa gente, sobretudo os pobres pensionistas do INSS (como eu( e os cidadãos que deles dependem, ao não permitir qualquer operação de levantamento de dinheiro em seu nome nos ATM, num dia em que não se podia recorrer aos balcões, por ser feriado. Milhares de pessoas se viram frustradas e revoltadas por mais essa «inaceitabilidade» grosseira do BPC e por arrasto do governo, mais ainda porque já havia soado o alarme de que o «cumbu dos pobres já caiu!», toque esperado ansiosamente, agora mais ou menos a meio de cada mês, para o fim da fome em nossas casas por alguns dias.
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E o que é que isso tem a ver com o executivo do MPLA?, perguntarão alguns. Ora, uma «paulada» dessas precisamente no dia em que o país completava 46 anos sob governação deste partido terá seguramente levado as pessoas a interrogarem-se se vale a pena continuarmos a apostar nele ou se será melhor mudar de «chapa» o mais rápido possível, o que pode ter reflexos nas próximas eleições.
Segundo a sócia-gerente, embora completamente descabelados, os cidadãos amontoados nos multicaixas do BFA da placa dos Congolenses partiram o coco a rir, quando uma «colega de desgraça» resolveu retirar um extrato da sua conta, a única operação que o BPC permitia. «É só para não sair em branco», justificou-se a pobre senhora, em meio da risada geral. Porra, preto sofre. Mais ainda se for pobre!
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