Caros cidadãos,
A província de Cabinda tornou-se num território de gestores públicos gatunos, burleiros e de má-fé. Desta vez, viro as baterias para o hospital “28 de Agosto”, que se transformou numa praça de máfia.
Cabinda não pode ser desenvolvida, assim como os seus servidores públicos, mesmo com títulos de doutoramentos, mas os tais servidores tornam-se pessoas com mente tão baixa capazes de até a todo o custo se sujarem por causa de 50 mil e 100 mil kwanzas.
Pessoas formadas e com o salário um pouco aceitável caem num total descrédito e vendem-se a ponto de arruinarem as suas próprias vidas e a do povo.
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Ora, esse hospital onde o gestor é comerciante, pediu o fornecimento de uma máquina hospitalar às organizações Tchiani, para dar assistência aos pacientes. A denúncia em minha posse, consta que a máquina é velha.
Todos aí estão mesmo a ver o comércio ilícito que pode provocar a morte de muita gente, mas a PGR e a Inspeção Geral do Estado não estão a fazer nada. Só estão preocupados em perseguir a UNITA...
Uma província tão pequena encontra-se banhada na corrupção que envolve gestores públicos! Este mal está a prejudicar bastante a população em particular a de Cabinda.
No dia 13 de Maio de 2020, o hospital “28 de Agosto”, em Cabinda, em conluio com Organizações Tchiani-Construção Civil e Prestação de Serviço, localizada no bairro Terra Nova, contribuinte nº 5118000025, fizeram negócio de fornecimento de uma máquina de Seladora de Mangas de Estomatologia.
Essa máquina, que é usada (antiga), custou aos cofres do hospital “28 de Agosto” cerca de 2.875.000.00, cuja factura tem como o nº de referência 18/OT/2020, coordenadas bancárias, IBAN: AO06.0010.0124.0188.2477.0114.2, conta bancária nº 0124-182477-011, BPC, datada a 13/05/2020.
Na denúncia recebida, vem sublinhada que a aquisição de máquinas hospitalares é da responsabilidade do Governo Provincial e do Ministério da Saúde e não do Diretor do hospital “28 de Agosto”, senhor Francisco Barros.
Gostaria de fazer algumas perguntas:
A máquina Seladora de Mangas de Estomatologia não é sua pertença?
Não é aquela que andou na sua Clínica Dentária?
Caros amigos, vejam bem isso! Me parece haver um gato!
Essas empresas que o senhor anda aí fazer negócio não são dos seus parentes e amigos?
Povo de Cabinda, PGR e Inspeção Geral do Estado, é urgente que se investigue as Organizações Tchiani, empresa pela qual o Hospital “28 de Agosto” adquiriu a máquina supramencionada. Fala-se de uma máquina antiga, e se é permissível hospitais comprarem máquinas velhas!
Nessas unidades hospitalares no pacote que recebem, vem também uma parte para a aquisição de equipamentos?
Procurem saber os documentos como: facturas de origem, facturas com selo pago nas Finanças e Alfândegas, que testem se na verdade aquela máquina foi importada pela Tchiani ou se é mesmo pertença da Tchiani, etc. Estão a fazer muitas brincadeiras para o povo. Tudo isso está a acontecer, porque o governador de Cabinda, Marcos Alexandre Nhunga, está muito distraído.
É normal um governador passar o tempo todo fumando cigarros?
Qual é o exemplo que transmite à sociedade?
Um governador que não visita os bairros, municípios e comunas, pode conhecer de perto os verdadeiros problemas sociais que afligem as populações?
Vejam o grau de negligência: hospital a comprar uma máquina velha no valor de 2.875.000.00! Então, é por isso que naquele hospital está a morrer muita gente. As pessoas estão a morrer como se fossem animais.
Ultimamente, perdemos o Dr. Carlos Quim e o Dr. Cristóvão David, que as suas almas descansem em paz, duas grandes figuras jornalísticas de Cabinda. Vejam só essa pouca vergonha: até 350 mil kwanzas que o hospital disponibilizou para a compra de lençóis, só apareceram 3 lençóis.
Será que cada lençol custou 116 mil kwanzas?
As despesas de combustível que correspondiam a 500 mil kwanzas, nos documentos de fornecimento, constam aproximadamente 1.000.000.00 de kwanzas.
Mas, Sr. diretor Barros, quantas viaturas tem o hospital “28 de Agosto” para se gastar todo esse dinheiro nos combustíveis?
Não se pode falar ou justificar que essas despesas também vão para o gerador. Pois que, a partir de Lombo, Simulambuco, Cabassango, Terra Nova, Chibodo etc., não há muitos problemas de corrente eléctrica.
A verdade deve ser dita! Nesta área, a ENDE e o tio Kalica têm prestado muita atenção. Só agora, devido a avaria técnica nas turbinas de Malembo, tem se verificado nos últimos dias restrições.
O Sr. Diretor Barros, onde param os dois caminhões cisternas que andaram no parque do Hospital “28 de Agosto”?
A outra fatura é datada a 11/05/2020, pela empresa de Construção Civil e Obras Públicas, Comércio e Prestação de Serviço, NIF: 5118000300, cujo trabalho prestado não convence a qualquer um, no valor de 1.820.660.00 de kwanzas.
Nesse hospital tudo por nada é mixa. Por exemplo: um produto que custaria 1.000.000.00 de kwanzas, adulteraram factura para 2.000.000.00 de kwanzas. Cabinda está demais!...
Essas práticas desumanas devem ser repudiadas pela sociedade. Realmente a fiscalização nesse governo não existe. É assim, que dizem que a província de Cabinda, está em vias de desenvolvimento?
Marcos Nhunga, deveria ter vergonha! Ainda tem desejo de permanecer como governador, esquecendo que teve mau empenho durante o seu reinado. Não se sabe quais são as motivações que levam sempre os governadores a nomearem sempre, para cargos públicos, pessoas com esse tipo de comportamento! Há tanta gente competente em Cabinda, mas preferem nomear bandidos, burleiros e gatunos.
O Sr. Barros já esteve no município de Cacongo como director municipal e criou um problema de gestão, que o levou a ter um processo no Tribunal de Cabinda.
O outro assunto é ligado ao INEMA, onde foi gestor principal. Atualmente, o INEMA anda de patas para o ar.
Portanto, são várias as facturas que possuo, mas não podem ser divulgadas agora, esperando uma outra etapa. O soldado não pode acabar as munições, só porque escutou o estrondo de uma granada!
A próxima denúncia será dos municípios de Belize e Buco-Zau.
Luanda, 25 de Outubro de 2020.
Estevão Neto Pedro
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