Os angolanos, dentro e fora do pais, celebraram hoje, mais um ano de independência. Uma independência que pode ser considerada nominal, por não ter resolvido, 46 anos depois, os problemas básicos de natureza social, da maioria das famílias angolanas. A falar a verdade, a independência beneficiou, em grande parte, uma minoria de angolanos, que se aburguesou, mergulhada na corrupção. Falhou, assim, o partido da situação e a sua elite dirigente.
Porém, os 19 anos do calar das armas podiam ter sido aproveitados de forma diferente, para se fazer melhor, se as questões sociais fossem priorizadas, na execução prática dos orçamentos do Estado, até então aprovados e todos os anos.
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De facto, convém lembrar que os três movimentos de libertação, a FNLA, o MPLA e a UNITA, com visões ideológicas diferentes da ideia de nação, deram a sua contribuição para a libertação dos angolanos e conquista da independência, na perspectiva de se construir uma vida melhor. 46 anos depois e decorridos 19 anos do calar das armas, ainda há angolanos que se interrogam “ quando chega a verdadeira independência que tenha o angolano no centro das preocupações de quem governa.”
Deste modo, no contexto da transição geracional de que o país é palco, surge cada vez mais a necessidade de se repensar o futuro das novas gerações e o país que queremos construir, como nação, solidária, inclusiva e tolerante, dirigido por elites comprometidas com a justiça social, com a solidariedade e com a democracia. Elites com competências, capazes de construir a vontade nacional de viver em conjunto.
O postulado recorrente em determinados círculos do poder em Luanda de que " estamos juntos, mas não misturados” é o pior inimigo da construção da unidade nacional, da justiça social e da cidadania. Que se mude essa mentalidade para se dar início à construção de um novo paradigma, assente no desejo expresso de se viver a vida em comum, na pátria comum, em Angola: nossa terra.
Prestamos, assim, homenagem aos três líderes do nacionalismo angolano que contribuíram de forma decisiva para a conquista da independência e libertação dos angolanos do jugo colonial.
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