«RIO LUANDA» SEM NASCENTE- SALAS NETO



O jornalista-em-chefe Salas Neto, ironizando, aconselhou os engenheiros António Venâncio e Francisco Lopes dos Santos a elevarem o seu projecto do «Rio Luanda» à consideração do Nosso Senhor lá no céu, já que por cá ninguém está aligar à mínima, ao que dizem ser a mais sustentada solução técnica para o seríssimo problema de saneamento básico que a abarrotada capital do país enfrenta.


A tirada irónica seria consequência dum desabafo de António Venâncio, neste domingo, quando dissertava para o painel dedicado ao assunto no seu último «Chá da Manhã». Ele revelou que recebeu como resposta apenas o silêncio das instituições aonde já apresentou o projecto, incluindo a Presidência da República. Ainda assim, algo ambíguo, disse que confia na mudança de mentalidade das actuais autoridades para uma eventual reacção positiva ao seu projecto, em resposta a uma provocação sobre se um novo regime político não era capaz de vir a dar maior esperança de viabilização do empreendimento. Para complicar ainda mais o nosso entendimento, anunciou que prepara a activação dum «Plano B», do qual podemos aguardar boas notícias nos próximos tempos.

O «Rio Luanda», segundo os seus mentores, está projectado para três ou quatro anos, com um custo global de um pouco mais de mil milhões de dólares, 400 dos quais reservados para a construção de oito mil casas em substituição das que teriam de ser demolidas ao longo do perímetro da empreitada. Fala-se nos mentideiros que a resistência ao projecto de Lopes e Venâncio tem a ver com «ciúmes» dos iluminados do sistema interessados no abocanhamento dos «balúrdios» que o Estado se apresta a investir no sector, o mais grave ainda, em projectos alegadamente equivocados e mais onerados artificialmente.

Os crónicos problemas de saneamento de Luanda causam milhares de mortes por malária e outras doenças, que resultam em elevados custos sociais e económicos para o Estado. E as chuvas já estão aí, para nossa desgraça!



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