QUE A PÁTRIA NOS MEREÇA- AGOSTINHO KAMUANGO



A resistência popular generalizada, foi consequência de uma atitude antí-patriótica  daqueles que há  uma dada altura da história do nosso País, se consideraram, os únicos representantes do povo.  Apesar  das lições da história, dada a epopeia que nos remete a uma reflexão do nosso País Angola, o MPLA   não parece ter aprendido com os erros do passado.

 As eleições gerais, são a oportunidade que o soberano dono do poder  (o povo) tem para decidir sobre o seu próprio futuro. Em Angola este direito é negado ao cidadão, tudo porque um grupo de indivíduos acaparou-se  do poder. Viola os princípios e os valores republicanos,  sequestrou todos os poderes do Estado, atropelando gravemente a Constituição e a Lei.



Angola está a viver um momento crucial que apela para um sentido patriótico e revolucionário de todas as forças vivas da Nação. 


 De referir que o MPLA, apresentou propostas de revisão da Lei Eleitoral que contrariam o Estado Democrático de Direito e indiciam uma fraude antecipada. Pretende de forma descarada, usar a sua maioria Parlamentar forjada na ilicitude, para no próximo dia 1 de Setembro,  impor aos Angolanos, uma Lei Eleitoral que visa adiar o sonho de milhões de Angolanos sofredores. Nós, não podemos aceitar. 


Temos de exigir uma CNE independente. A actual configuração não corresponde ao espírito democrático, o seu titular não tem idoneidade moral para dirigir uma Instituição responsável pelos destinos de todos nós.


Ao proibir o apuramento Municipal e Provincial, permitindo apenas o apuramento Nacional (responsabilidade de Luanda) proibindo no entanto a entrada de Comissários Eleitorais no centro de escrutinio; ao suprimir 1 delegado de lista na mesa de voto, anulando assim o suplente; ao reduzir o período de entrega de credenciais dos delegados de lista, dos 10 dias previstos na lei em revisão o que nunca  sequer cumpriu , para 5 dias antes da votação; ao alargar os poderes de uma CNE  com idoneidade duvidosa; ao negar aos delegados de lista o direito de assinar e receberem cópias de actas sínteses;   ao não se importar em aumentar os prazos de reclamação, somente  para dificultar a oposição;  ao permitir que a propaganda manipuladora dos órgãos de comunicação social públicos e seus satélites levem a cabo actos que se configurem em concorrência desleal em plena campanha eleitoral;  estas e outras manobras que contrariam  o Estado Democrático de Direito consagrado na Constituição da República de Angola,  são indicadores claros de que o MPLA está a assumir-se como inimigo do povo. 


A sociedade Angolana precisa despertar para uma luta pela cidadania participativa, aceitando o sacrifício, por ser este o único caminho que nos leva a um futuro melhor.


A alma Angolana está dilacerada, os seus filhos precisam unir sinergias para a sua defesa. Só assim continuaremos a falar de Angola dos nossos sonhos com dignidade.


Dizia o Dr. Savimbi " Não há forças de armas, capazes de superar a força das almas."


O sentimento nacionalista de um povo consiste na sua capacidade de resistir em conjunto, contra todas as formas de dominação. Não podemos nos deixar oprimir permanentemente, pois seremos cúmplices do que poderá acontecer às gerações vindouras. 


A marcha para a alternância é imparável,  ninguém mais à pode deter. Precisamos sim travar aqueles que se querem opor a mudança, indispensável para o bem-estar dos Angolanos.


A juventude é chamada a assumir o seu papel de vanguarda na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito para garantir  o seu futuro. 


Angola é a nossa única herança  comum, depois dela, não temos mais nada.


Agostinho Kamuango Lopes  



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