Piratas roubam documentos do BPC e não exigem resgate



Quase um mês depois do ataque cibernético, o BPC não consegue recuperar o sistema informático e documentos importantes agora na posse de hackers. Uma vasta equipa de peritos em cibersegurança tenta recuperar os dados, mas sem sucesso. Fonte próxima do processo garante ao Valor Económico que, além do ataque do tipo ransomware (que provoca bloqueio do sistema, tirando documentos e só os liberta com pagamento de milhões em criptomoedas), o banco público também sofreu outros tipos de ataques que deixaram mais vulnerável o sistema informático.




A fonte explica que dificilmente o banco conseguirá recuperar o sistema informático pelo facto de ocorrerem mais de dois ataques diferentes e os hackers não exigirem resgate. 


Segundo o especialista Marcio Muhongo,  além do roubo dos documentos, Muhongo não descarta a possibilidade de os hackers terem feito “avultadas” transferências de dinheiro, de modo que recomenda às instituições públicas e privadas a investirem “fortemente” na segurança cibernética, já que o preço a pagar por um ataque é mais caro e, às vezes, fora da possibilidade das instituições, podendo até levá-las a decretar falência. 


Por sua vez, o BPC confirma que um dos ataques que sofreu é o ransomware, mas nega que tenha havido roubo de documentos. Sem saber o propósito dos hackers, o banco explica que não foi ainda possível recuperar completamente o sistema informático e não sabe quanto tempo durará o processo. Apesar disso, refere, “o banco já está a funcionar quase na normalidade”, estando em curso a instalação de uma nova plataforma trecnológica.

Valor Econômico 



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