O líder do PDP –ANA, Simão Macazu, por ter contraido várias dívidas, vendeu a sede do seu partido por sete milhões de Kwanzas e a viatura da mesma organização de marca Toyota Hilux. O mesmo alega que vendeu a sede com autorização do Comité Central, mas não prova a afirmação com qualquer documentação.
O Jornal 24 Horas apurou de fonte ligada àquela formação política que disse: “quando os membros do Comité Central se aperceberam do negócio fraudulento, questionaram o presidente Simão Macazu, que não aceitou dizer a verdade, referindo apenas que nada tinha acontecido. De tanta insistência, acabou por confirmar que vendeu a sede e que o dinheiro serviria para se comprar um terreno na zona do Bita onde iria construir um centro de conferências igual ao do PRS que se encontra em Viana, alegando que ‘não podemos ter uma sede como se fosse um museu, mas sim uma infraestrutura com dignidade’”, disse.
No ano passado em entrevista a este Jornal digital, Simão Macazu, garantiu que a sede daquela formação, situada no município do Kilamba Kiaxi, distrito urbano do Palanca, na rua 22, estava a ser alvo de um trabalho de fundo por um arquitecto, por causa de infritação de água. “Porém, o que acontece é que o mesmo tinha um plano maquiavélico”.
A fonte revela que os membros da alta estrutura daquela formação política quando se aperceberam do negócio fraudulento dirigiram-se à sede que se encontrava em estado de abandono e já era local onde os moradores deitavam lixo e a suspeita foi confirmada: “encontraram pedreiros a partir as paredes”.
O intermediário do negócio, Manuel Fernandes, revelou que quem comprou foi um senhor que vive na Europa e pagou-se os sete milhões de Kwanzas na presença de João Pires Sumbo. “Assinaram-se documentos que comprovam que o Simão Macazu vendeu a sede do partido. Ele nos disse que foi sua casa e ofereceu ao partido, por isso é que nós compramos sem qualquer problema. Se trata-se de uma burla quem deve ser responsabilizado é o senhor Macaso e o Pires”, disse Manuel Fernandes.
Simão Macazu justificou a venda do patrimônio da organização como “uma orientação do comité central”, mas não conseguiu mostrar uma acta que espelha os pormenores da venda ilegal.
Apurou-se que Simão Macazu, em função de dividas elevadas já não dorme em casa, ou seja, mora em parte incerta. “Muita gente anda sua procura, já lhe receberam o carro que foi dado ao partido por fazer parte da coligação CASA-CE, tudo por causa das dívidas. O dinheiro que se recebe da coligação CASA-CE, um milhão e quinhentos mil kwanzas trimestralmente, não entra na conta da organização. O secretário para as Finanças não mexe no dinheiro da organização. Os dinheiros ficam na conta do João Pires Sumbo, este é o estratega dos roubos que Simão Macazu efectua na organização”, revela a fonte.
“No âmbito da reconciliação que houve no partido fundado pelo matemático Mfulumpinga Landu Victor, o líder contestado prometeu convocar o Comité Central para o dia 30 de Julho, e não o fez. Os militantes estão fartos da sua pessoa e não sabem quando é que vai acontecer. O PDP-ANA está parado no tempo, porque os militantes acreditaram num charlatão, burlador e mentiroso”, frisou a fonte.
Em relação ao aluguer da sede, os membros da direcção do partido desconhecem. Mas este Jornal apurou que o partido paga mensalmente cem mil kwanzas. O partido não tem mobiliário e as cadeiras são todas de plástico, nem armário tem. Simão Macazu, para além de péssimo gestor, não aceita prestar contas ao Comité Central nem so Bureau Político.
Quanto ao terceiro congresso marcado para 29 de Outubro em função dos escândalos em que o líder do PDP-ANA está envolvido, correm rumores de que o mesmo pensa em adiar para o próximo ano, alegando falta de verbas e de condições para hospedar os delegados, mas os militantes não aceitam cair na sua lábia.
Este Jornal apurou também que os membros do Comité Central e do Bureau Político do PDP-ANA já denunciaram à Polícia de Investigação Criminal, afecta ao SIC, sobre o assalto do patrimônio daquela organização, mas os mesmos não actuam e nem respondem às solicitações.
Macazu é um burlador militante
Quando o líder fundador do PDP-ANA estava em vida, Simão Macazu nunca pertenceu à alta estrutura da organização, foi apenas um secretário permanente e ficav na Maianga para receber e distribuir cartas. Macazu aparece em grande quando Sediangani Mbimbi foi o presidente do partido, puxado-o para o Comité Central e Bureau Político.
O actual presidente foi trabalhador da ex – Secretaria de Estado da Habitação, foi um funcionário normal. Abandonou o emprego porque andou metido em burla por defraudação na venda de habitação do Estado, e pretendia vender a casa de Sediangani Mbimbi na Vila Alice, situado no prédio da Associação Provincial de Futebol de Luanda.
Passou um tempo na ex – Alfândega, tendo abandonado o serviço por se fazer passar várias vezes por despachante e recebeu dinheiro de algumas senhoras para desalfandegar mercadorias, mas deu para o “torto” e escapou para não ir parar no calabouço dando uma de “vila diogo”.
Na era do Governo de Unidade e Reconciliação Nacional em 1993, o PDP-ANA recebeu a proposta de um vice-ministério para o Desporto, que foi dirigido pelo finado Landu Augusto. Assim, os membros daquela formação política que tivesse o grau de licenciatura poderia entregar os documentos para o cargo de director de gabinete e, o aventureiro Simão Macazu, apresentou um documento do “pau grande” e não foi aceite. A folha de burlas de Simão Macaso é tão grande que não cabe neste espaço.
“O PDP-ANA existe graças a mim”
Simão Macazu contactado pelo Jornal 24 Horas minimizou as acusações e disse apenas de forma lacônica que os mesmos “estão doentes” e que nunca fez nada para prejudicar o partido. “O partido está ainda vivo graças a mim, senão já seria extinto”. E mais adiante pediu ao jornalista para não divulgar estas acusações e que deveria “arranjar um saldo” ao escriba. E não caiamos na sua lábia de corrupto.
Jornal 24 Horas
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