Segundo o relatório que o Lil Pasta News teve acesso, o Banco SOL regista preocupantes conflitos de interesses traduzidos na atribuição de crédito sem garantias a empresas de acionistas e membros do Conselho de Administração. No documento em posse do Lil Pasta News, revela que alguns funcionários eram incentivados a adquirir créditos junto da instituição para viabilizar projectos imobiliários de créditos e outros custos eram agravados ao ser proporcionado aos administradores e aos directores doações de viaturas quando nomeados ou 150 mil dólares para compra de habitação, lê-se no documento.
Os conflitos de interesses estendem-se à corporação na sua estrutura de negócios de empresas de accionistas e de administradores como fornecedoras do banco, acto ilegal de acordo com as regras do BNA.
O relatório revela, entre outras coisas, que alguns investimentos em imóveis, com recurso a valores tomados no mercado interbancário, chegaram a ter como fonte de liquidez que o banco não tinha. Outra crítica acentuada feita prende-se na reestruturação e apetrechamento do edifício sede do SOL, que custou aos cofres do banco qualquer coisa como 18 milhões de dólares, um investimento que acabou por tornar “excessivo o peso dos outros activos tangíveis“ no total dos activos.
Alguns peritos da consultora EY mostraram-se preocupados com a elevada concentração de crédito nos 20 maiores devedores, com especial destaque para o Entreposto Aduaneiro de Angola, cuja exposição ultrapassava 25% dos fundos próprios.
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