Há sensivelmente um ano para a realização do quinto pleito eleitoral, que se espera serem eleições livres e justas, pela primeira vez, a "competição" política no Huambo está literalmente desnivelada, com uma UNITA à "dar no focinho" ao MPLA.
Doptada de um espírito jovial e proactivo, a primeira Secretária Provincial do Galo Negro no Huambo está com uma "fome insensante" de alternância do Poder e não pára de caçar votos e acumular militantes e simpatizantes.
Prova disso foi o banho de multidão registado no último acto de massas realizado nestas paragens.
Caso para dizer que a jovem Navita Ngolo vai dando aulas de "caça ao voto" ao MPLA na cidade Planaltica.
Por estas paragens, o MPLA está sem rumo e em debandada, dando sinal de desgaste, desunião e com sérios problemas de liderança.
A falta de um punho forte está na base da criação de "ilhas", deixando o partido dos Camaradas mais "partido" do que nunca.
Ainda não foi assumida uma crise interna, mas entre os Camaradas diz-se, mesmo a boca miúda, que há fortes desconfianças que o partido venha a tombar na província do Huambo com a perda de mais deputados para o seu mais directo adversário. "A falta de proatividade das figuras de proa do partido preocupa os militantes e muitos se questionam, que tipo de relatórios os membros do grupo de acompanhamento têm levado a mesa do Presidente e da Vice-presidente do partido", desabafou um dos militantes de topo a nível local, que prefere não ser identificado.
A falta de proatividade alinhadas aos grandes descontentamentos dos cidadãos na província jogam a favor do maior partido da oposição que tem estado a apostar fortemente na mobilização urbana, através do seu braço juvenil.
Tudo indica que em 2022, a população do Huambo vai penalizar o MPLA nas urnas, pelo sofrimento provocado aos angolanos e má governação ao longo de 45 anos.
Enquanto o "dia D" não chega, nas terras de Ekuikui e Wambo Kalunga, a UNITA soma e segue e o glorioso MPLA, cada vez mais sem Glória, está em queda Livre.
Luís de Castro
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