Não conhecia o Ministro Laborinho, mas já ouvi falar dele muitas vezes. Vejo ele, ouço-o nas tv e rádios e já li muitas peças dele nos jornais, quer convencionais como os da modernidade.
Por via disto formei uma ideia sobre o carácter dele. Mas, esta ideia ficou mais clara com a vinda dele aqui no Uige porque o vi de perto e o segui em tudo que fez.
Vi e conclui que, às vezes, não é bom ler o livro pela capa, como se diz por cá. É preciso conhecer mais e melhor às pessoas e depois falar sobre elas. Aliás, agora entendo de forma diferente e graças a esta paciência.
Hoje clarificou a ideia que tive quando vi as fotos dele a comprar cebola, laranja e batata num dos mercados com cesto nas mão.
Clarificou porque na altura fiquei com a ideia dele ser um ministro simples, humilde e que volta às origens. Ou seja, um ministro que não deixou de ser povo, que nunca saiu das bases, onde o seu MPLA é forte desde o tempo de Nito Alves, autor da frase original.
Vir ao Uige, passar pelo Candombe, ir à Pedreira, entrar na comarca do Uige, falar de tu para tu, perguntar, ouvir respostas directas dos presos, num número superior a 200 pessoas, não é tarefa para qualquer um…nem mesmo o chefe das cadeias do Uige já fez isto.
Visitar todas as direcções e comandos do Uige num único dia, andar distâncias consideráveis, apeado, com poeira, capim e mais outros riscos de saúde, nos escombros onde serão construídos comandos e unidades do MININT não é para qualquer ministro.
Ir ao Negage de noite, Praticamente, jantar lá a pedido daquela administradora chata, mas trabalhadora incansável, visitar obras wue duram há mais de sete anos, conversar com crianças, mulheres, do seu órgão e não só, baixar ao nível de um cidadão comum do bairro popular, Mbemba Ngango, papelão e dormir no quartel das FAA não é para qualquer ministro e por isto, mesmo sendo crítico com o seu MPLA escrevo isto como forma de manifestar o meu sentimento. E por favor se alguém tem o número dele fale com ele e transmita estas pobres palavras cheias de erros. Mas acreditem, ele deixou aqui um jovem que o vai adorar daqui para frente.
Tem o meu voto porque não estou habituado a ver pessoas grandes transformadas em pequenas por causa do trabalho. Pessoas grandes a comer o nosso gitsombe, a fumbua, o safú, catato e outras maravilhas do nosso pobre Uige.
É por isto que disse que o kota Laborinho voltou a fazer das suas, como fez naquela praça.
Espero que volte mais vezes aqui porque graças a sua vinda vimos os kotas grandes do MININT, como o Ngola Kina, que só se vê na televisão.
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
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