Cabo Verde, um conjunto de pequenas ilhas salpicadas no Atlântico, não tem sido apenas um exemplo de democracia em África em matéria de alternância do poder, com a realização regular de eleições gerais e locais, justas e transparentes, mas também no que diz respeito à comunicação institucional.
Neste sábado, o Presidente da República daquele arquipélago sentiu-se mal e foi levado de emergência ao Hospital Agostinho Neto, onde viria a ser internado.
Sem tabus nem pruridos, os serviços de informação da PR locais não esconderam a triste notícia, dando a conhecer perante a «África e o mundo» que o PR Carlos da Fonseca tinha sido acometido de um súbito mal-estar. E, como se não bastasse, revelaram inclusive que o PR padecia de uma Gastrite Crónica. Noutras paragens deste continente uma notícia do género seria quebra de um suposto segredo do Estado... podiam rolar cabeças e a Oposição seria acusada de ter enfeitiçado o PR...(
Outro dado a reter não menos importante, o PR de Cavo Verde acorreu a um hospital PÚBLICO e não a uma clínica de luxo ou voou de urgência para Barcelona, ou ainda outro destino do mundo Ocidental; foi socorrido numa unidade de saúde que, por ironia da história, tem o nome de Agostinho Neto, um nacionalista angolano que fora desterrado para aquele arquipélago.
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