Até prova contraria, João Lourenço é o líder do MPLA com mais conexões a figuras da UNITA. O seu pai, João Serqueira foi padrinho do antigo porta-voz da UNITA, Jorge Valentim, conforme atesta o “twitter” presidencial”. JL é padrinho de Silvia Paim Valentim Lutucuta, filha de Rebeca Valentim, irmã de Jorge Valentim. JL foi colega de Arlindo Pena “Ben Ben”, ex-comandante da UNITA e sobrinho de Savimbi. JL foi também amigo de infância de Tiago Savipui Samakuva (irmão de Isaias Samavuka) com quem estudou na antiga cidade de Silva Porto. O pai de JL, junto com o reverendo Henrique Samakuva (Pai de IS), Sabino Luiele (pai do deputado da UNITA, Maurilio Luiele), Jonatão Chingunji, trabalharam juntos como enfermeiros no Bié com o Dr Walter Strangway, médico canadense, a quem JL deu o nome ao novo hospital provincial do Bié.
A luta de JL contra a UNITA, usando todas as armas possíveis (nova lei eleitoral que põe fim ao apuramento eleitoral, nomeação controlo do Constitucional, nova lei sobre composição da CNE, alteração da constitucional, criação de novas províncias) é “compreensível”. Se não impedir que o povo dê uma oportunidade a UNITA (e a sua Frente Patriótica) para governarem depois das próximas eleições de 2022, o MPLA nunca o vai perdoar e o vai acusar de ter entregue o poder aos seus “colegas de infância” da UNITA. Dia seguinte os camaradas o desautorizam exigindo uma nova liderança. Dai que se compreende a mudança do JL de ontem para o JL de hoje. o JL de ontem promovia reformas, punha fim aos monopólios, promovia abertura da comunicação social, escutava a sociedade, afastava quadros suspeitos ou implicados em corrupção (exemplo Carlos Panzo), aceitava manifestações dos jovens (a policia não matava manifestantes), era contra a impunidade. Hoje temos um JL totalmente diferente. Já não se importa no que diz a sociedade. Nomeia quadros com problemas de corrupção e idoneidade como foi o caso Laurinda Cardoso sem se importar com a imagem e a dignidade das instituições.
Hoje temos um JL que tomou a decisão mais difícil que um líder pode tomar. Deixou de salvar o país, para salvar o MPLA.
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