Hakainde Hichilema, o presidente eleito da Zâmbia era já um líder derrotado por antecipação por congregar em si, o currículo de cinco consecutivas derrotas eleitorais. Nas eleições de 2016 esteve perto de chegar ao poder, não fossem os 27 mil votos que apareceram em última da hora permitindo com que Edgar Lungu foi declarado vencedor com 50.35% e ele (Hakainde Hichilema) com 47.63%.
Durante estes últimos quatro anos, o presidente Edgar Lungu teve dificuldades em conviver com Hakainde Hichilema passando a combater-lhe e a hostilizar. Em Agosto de 2017, prendeu Hichilema acusando-o de conspiração por a sua viatura ter se cruzado com a caravana presidencial. A pena contra Hichilema seria de 12 a condenação de morte. A prisão de Hichilema provocou comoção mundial, com a ONU, EUA, EU, a fazerem pressão pela sua libertação. O parlamento sul africano fez pressão. Um líder politico da oposição sul africana, Mmusi Maimane, foi a Lusaka prestar solidariedade a Hakainde Hichilema e acabou retido com o telefone confiscado. Pretoria convocou o embaixador zambiano para apresentar a sua nota de protesto. A imagem de Edgar Lunga no plano externo já estava que nem um ditador. As ONG internacionais a acusavam-no de violação de direitos humanos e de não promover abertura na comunicação social. No dia em que Hakainde Hichilema foi solto da prisão, uma multidão saiu a rua para o receber a semelhança das imagens de Mandela quando saiu da cadeia. Os zambianos que são crentes por vocação apreciaram o gesto de Hakainde Hichilema de realizar um acto religioso e anunciar que perdoava os que o prenderem e que o torturaram durante os 8 dias prisão. Hichilema tornou-se o centro das atenções a receber prêmios internacionais como combatente da liberdade e a receber convites para palestrar em “Think Tank” no exterior do país. Aqui estava traçado o destino do homem hostilizado pelo Presidente Edgar Lungu.
A acadêmica sul africana Nicole Beardsworth, que acompanha estas últimas eleições, notou que o presidente Lungu investiu a sua campanha a combater Hichilema. Não obstante ter colocado o exercito na rua, o Presidente Lungu fez campanha procurando convencer que construiu escolas, estradas, insfrastrutras. A sua imagem já estava reduzida a um Chefe de Estado que fragilizou o poder judicial com o antecedente de ter procurado influenciar o Tribunal Constitucional para lhe permitir um terceiro mandato.
Hakainde Hichilema, por sua vez, apresentou-se na campanha como alternância, como um homem de paz, que todo os jovens gostariam de estar empregado nas sua empresas. Mostrou que o presidente Lungu deixou 12% da população no desemprego, a inflação a 22%, e a divida publica aumentar para 118,7% do PIB. Desconstruiu a campanha de “construção de estrada e escola” do seu adversário.
Lungu perdeu as eleições alegando irregularidades. O Presidente Lungu foi responsável pela sua própria derrota. Foi responsável pela crescente popularidade do seu opositor Hichilema, que agora conduzira os destinos da Zâmbia.
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