Os preços dos produtos da cesta básica continuam altos nos principais supermercados de Luanda, contrariando, deste modo, as "promessas" feitas, em Março último, pelo Executivo, de interceder com a criação de mecanismos legais que contribuiriam para baixar significativamente os custos.
Volvidos pouco mais de quatro meses, a realidade, porém, tende a agravar-se. Os preços dos bens da cesta básica disparam quase diariamente, sobretudo nos finais e início de cada mês, sob alegação de serem períodos em que os bolsos dos cidadãos registam relativa "folga" financeira.
Desde 2019 aos dias de hoje, o custo da cesta básica triplicou nos mercados de Luanda, passando de cerca de 20 mil kwanzas para 60 mil Kz. Exemplo disso é que, em finais de Novembro de há dois anos, os preços de três produtos, nomeadamente, o litro de óleo vegetal, o quilograma de açúcar e de arroz no Supermercado Max valiam 700 Kz, 479 Kz e 671 Kz, respectivamente, totalizando 1.850 Kz. Agora, entretanto, esses bens e no mesmo estabelecimento comercial estão avaliados em 3.674 Kz, sendo o litro de óleo vegetal 1.850 Kz, o quilograma de açúcar (849 Kz) e o arroz (975 Kz).
Devido ao preocupante cenário, em Março do ano em curso, recorde-se, o ministro da Indústria e Comércio (MINDCOM), Victor Fernandes, anunciou a criação, em Angola, de uma reserva estratégica alimentar, para permitir a regulação dos preços do mercado, particularmente dos produtos que integram a cesta básica.
"Vamos usar a reserva estratégica alimentar onde houver produção nacional que não seja absorvida pelo mercado e, quando necessário, vamos disponibilizá-la para o mercado", afirmou o governante à saída de uma reunião do Conselho de Ministros.
Em Julho, no último Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA), o governador do Banco Central, José de Lima Massano, referiu que as pressões inflacionistas persistiram e se revelaram maiores que o esperado no primeiro trimestre deste ano.
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