Na recente entrevista ao espaço “Mambos com Chefe Indigna” de WILLIAM TONET, o general KAMALATA NUMA foi desafiado a dar a sua versão sobre o ataque a um comboio na vila Zenza do Itombe, protagonizado pela UNITA aos 10 de Agosto de 2001, que carregava civis de Luanda para o Cuanza-Norte. Kamalata Numa diz que as autoridades sabiam que a UNITA estava a movimentar-se para aquela zona questionando como é possível um Estado responsável colocar combustível inflamável, material de guerra, e população toda ela junta, no comboio. No se entendimento, a intenção das autoridades foi colocar civis no comboio para serem alvos de ataques e criar comoção nacional colocando a UNITA na condição de assassinos das populações. Disse que “o que matou as pessoas foram as bombas do comboio e o combustível que se espalhou para as pessoas. Que o MPLA explique isso. Militarmente isso não se faz”
A interpretação do general, seja ela certa ou errada, remetemos a algo parecido que aconteceu nos anos 90 na Rússia. Em o “terror na Rússia”, o falecido espião Alexander Litvineko, descreve que Moscovo estava decidida em derrubar o poder na Chechena, atacando a capital Grozny mas não tinha apoio da população Russa. A juventude em Moscovo não queria conflito. De acordo com Litvineko os serviços secretos russos liderados pelo coronel Vladimir Putin deixaram cair um edifício de nove andares nos arredores de Moscovo colocando nele uma bomba que matou 90 pessoas. De seguida as autoridades atribuíram o “ataque” aos separatistas da Chechena. Como reação a população em Mosvoco revoltou-se contra a vizinha Chechena, e os jovens que não queriam guerra alistaram-se voluntariamente no exercito para se vingar dos Chechenos. O governo de Yelsin criou um sentimento de comoção nacional e a população passou a apoiar ataques contra a Chechena. Moscovo ganhou o apoio do povo.
Este episodio de comoção pode ler-se no capitulo “os serviços secretos fora de controlo”. Fora do paralelismo de Zenza do Itome, surge uma observação do antigo oficial da KGB, Oleg Gordievsky, ao “The Times” : “para ter ideia sobre quem queria matar Alexander Litivinenko, não precisa de ir mais além..Terror na Rússia”.
José Gama
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