O Presidente da República aprovou mais um acordo-quadro de financiamento, desta vez com a Société Générale, no valor global de 500 milhões de euros. Este empréstimo junta-se a uma longa lista de créditos assinados por João Lourenço, que já fez o Fundo Monetário Internacional (FMI) a alertar para os níveis elevados da dívida angolana.
No despacho presidencial 115/21, de 2 de Agosto, é referido que este empréstimo contraído pelo Estado angolano servirá para "garantir a continuidade e a concretização do programa do Governo, relativo à execução de projectos inseridos no Programa de Investimentos Públicos e de outros programas e projectos de interesse nacional, enquadrados no Plano de Desenvolvimento de Angola 2018 - 2022".
No documento assinado pelo Chefe de Estado pode ainda ler-se que o recurso à Société Générale tem em conta "a estratégia do Executivo no que concerne à diversificação das fontes de financiamento para a cobertura de projectos de investimento público para o desenvolvimento económico e social do País".
Nos últimos meses, o Chefe de Estado tem-se socorrido da assinatura de vários acordos de financiamento ou de abertura de linhas de crédito. Por exemplo, em Maio, João Lourenço recorreu a um empréstimo para apoio à tesouraria, no valor de 700 milhões de dólares norte-americanos, junto do International Bank for Reconstruction and Development (IBRD), do grupo Banco Mundial.
Em Junho, o Presidente deu autorização para a assinatura de um contrato de abertura de uma linha de crédito junto do Banco de Fomento Angola no montante de 63,2 mil milhões de Kwanzas (98,1 milhões de dólares norte-americanos) para "assegurar os recursos financeiros necessários à execução do contrato de empreitada, requalificação e apetrechamento do Hospital Militar Principal de Luanda".
Também em Junho, foi aprovado um acordo de financiamento entre o Governo angolano e o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, S.A, no valor global de 150,7 milhões dólares norte-americanos, incluindo o pagamento do prémio de Seguro de Crédito à Exportação com cobertura da Agência de Crédito à Exportação de Espanha para o aeroporto de Mbanza Congo.
A lista de empréstimos é longa, o que levou o o representante do FMI em Angola a alertar, no final do mês passado, para a capacidade de endividamento "muito limitada" do País, sublinhando que qualquer iniciativa de financiamento deve ser vista "de forma muito cautelosa" e aplicada em projectos com retorno económico adequado.
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