Filomeno Vieira Lopes diz que o Bloco pretende ir às eleições com a frente ampla e espera juntar “todos aqueles que estão engajados na mudança do regime porque pretendemos construir a democracia neste país".
O economista Filomeno Vieira Lopes, eleito neste sábado (03.07), ao cargo de Presidente do Bloco Democrático (BD), admite uma possível rotura com a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), terceira força política em que está integrada, e garante concorrer às eleições gerais de 2022 com "frente Patriótica" ao lado da UNITA e o PRA-JA Servir Angola de Abel Chivukuvuku.
O político que sucedeu a Justino Pinto de Andrade, disse à imprensa que a primeira missão da sua liderança é integrar de forma efetiva o partido no movimento político que pretende afastar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) do poder.
O seu mandato vai concretizar as moções estratégicas manifestadas pelos militantes na IV Convenção do BD.
"O Bloco Democrático representa parte deste país, portanto, isto nos anima porque a iniciativa que ao nível da tripartida animou os grandes setores nacionais e deu esperanças para que este país possa efetivamente mudar", disse Filomeno Vieira Lopes.
O partido Bloco Democrático, que existe há dez anos, entrou pela primeira vez no Parlamento nas eleições de 2017, e obteve um deputado na lista da coligação CASA-CE.
Rotura com o passado e "juras de amor" a UNITA e PRA-JA
As relações do Bloco e a coligação dirigida por Manuel Fernandes, "azedaram" desde que o BD deu início às negociações com a UNITA liderada por Adalberto Costa Júnior e o projeto político de Abel Chivukuvuku, PRA-JA Servir Angola, para criação de uma plataforma pelo qual pretendem concorrer às eleições de 2022.
Este facto, resultou da suspensão do Bloco Democrático no Conselho Presidencial da CASA-CE.
Na noite do sábado em que foi eleito, Filomeno Vieira Lopes assegurou que a sua liderança está pronta para fazer a rotura com o passado. E garante que "o caminho é só um”, participar nas eleições na mesma lista com Adalberto Costa Júnior e Abel Chivukuvuku, diz o economista.
"O Bloco pretende ir às eleições com a frente ampla. A tripartida é a iniciativa que deu o primeiro passo, mas, o que pretendemos é juntar todos aqueles que estão engajados na mudança do regime porque pretendemos construir a democracia neste país", justificou Filomeno Vieira Lopes.
O político espera a participação da sociedade civil nesta empreitada, porque na visão do seu partido, "é o fator fundamental. É sujeito e objeto deste processo. Sem sociedade civil não é possível construir democracia no país".
Na eleição ao cargo de presidente do Bloco Democrático, Filomeno deixou para trás os concorrentes, Américo Vaz e Luís Nascimento.
Justino Pinto de Andrade, que renunciou à presidência do partido em 2019, foi eleito vice-presidente, derrotando o anterior secretário-geral, João Baruba.
Para o cargo de secretário-geral os militantes do BD escolheram Muata Sebastião, que disputou a vaga com Adão Ramos.
D.W
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