“MBOKODO”, o serviço de inteligência do ANC no exílio- José Gama



Ao tempo do exilio, o ANC teve uma estrutura que se chamava  “Mbokodo”, que era nada menos que o seu braço de inteligência. Constituído na sequencia do congresso de 1969, na Tanzânia, o  “Mbokodo”, tinha na sua fase inicial a missão de combater infiltrações no ANC, processamento de informações sobre o governo do apartheid e suas estratégias. O seu primeiro diretor foi Moses Mabhida, que viria falecer por doença  em Maputo. Depois de 1975, o “Mbokodo” instalou-se em Angola criando um campo de detenção, na província de Malanje também conhecido por “Quatro”. 



Em 1985, o ANC realizou um congresso, na Zambia,  em que os delegados decidiram pela suspensão das operações do  “Mbokodo”  devido aos seus excessos, como praticas de torturas e  outras   atrocidades contra os seus próprios camaradas acusados de infiltrados do regime do apartheid. Neste congresso que foi uma autentica lavagem de rouba suja, foram levantas as execuções praticadas pela  “Mbokodo”, em Angola,  contra combatentes do ANC, por terem sido apanhados a fumar liamba ou a beber. Após a sua suspensão, o   “Mbokodo” foi  restruturado por uma equipa integrada  por Joe Nhanhala, Jacob Zuma, Alfred Nzo, e passou a chamar-se  departamento de inteligência e segurança (DIS).  Joe Nhanhala foi o seu ultimo diretor.  Há poucos anos, o produtor sul africano Sello Maseko produziu uma peça de teatro “Angola Camp 13”, em homenagem ao seu tio que foi executado pela “Mbokodo”, em Angola.



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