Governo vai dar 200 dólares por mês as mulheres estudantes



O objectivo é fortalecer mulheres vulneráveis através do ensino.

 O governo anunciou, esta terça-feira, a atribuição de bolsas de estudo no valor de 200 dólares americanos mês como incentivo para a retenção, no sistema de ensino e aprendizagem, de meninas e jovens  mulheres de grupos vulneráveis.


Com esta iniciativa, o governo pretende garantir a igualdade de acesso à educação de qualidade para todos os angolanos.



Segundo o director do Gabinete de Quadros do Presidente da República, Edson Barreto, que falava durante a apresentação do Relatório Nacional Voluntário sobre Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, a melhoria da qualidade do processo de ensino e educação constitui prioridade para o Executivo, por permitir o alcance dos ODS 4 e 8.


Para o efeito, adiantou, estão a ser implementadas medidas e políticas que visam elevar a qualidade de ensino e o nível de conhecimento das populações, bem como o grau de escolaridade dos jovens, oferecendo-lhes oportunidades de formações técnicas de forma a aumentar a taxa de empregabilidade e consequentemente gerar rendimentos para as famílias.


Edson Barreto reforçou que o Executivo está empenhado em promover a igualdade de acesso à educação de qualidade para todos os jovens, determinação patente na estratégia de desenvolvimento de longo prazo "Angola 2025".


Ainda no âmbito do projecto de revitalização do ensino técnico e formação profissional, referiu que estão em curso projectos que visam o reforço da capacidade institucional, com a criação de cursos de bacharelato em construção civil, electromecânica, manutenção de máquinas e motores, frio e climatização e metalomecânica, na Faculdade de Engenharia  da Universidade Agostinho Neto e no Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED) de Luanda.


A propósito, a ministra de Estado para a Área Social, Carolina, apontou que no período 2015/2021 a taxa de conclusão do ensino primário cifra-se acima dos 97 por cento, enquanto no ensino secundário regista diferença, com 57,9 por cento de rapazes em relação a 44 por cento de raparigas.


“No ano lectivo 2021 assistiu-se a um crescimento da taxa de conclusão para ambos os sexos, sendo 69,7 por cento para as raparigas e 79,9 por cento  para os rapazes. No II Ciclo do Ensino Secundário, os dados de 2015 apontam para uma taxa de 14,9 por cento para raparigas e 20 por cento ara os rapazes”, reforçou a ministra.



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