Não é preciso ser cientista político, nem Ph.D. em urbanismo, para entender o tombo de Ernesto Muangala nas pesquisas. Basta andar pela cidade para saber por que o seu índice de rejeição é tão alto. Ao contrário do que ele diz, sua baixa popularidade tem pouca ou nenhuma relação com o Petrolão e outros escândalos de corrupção que abalam o MPLA. Tem a ver principalmente com as ações populistas que Muangala tomou desde que foi nomeado em 2008.
Muangala conquistou um lugar privilegiado na galeria dos piores governadores de Angola em todos os tempos.
A pesquisa do Lil Pasta News apontaram uma queda vertiginosa em sua popularidade, colocando-o no topo do ranking do pior governador da última década.
Brito Soto, que falou para o Lil Pasta News no Dundo, diz que a província da Lunda Norte é governada por uma máfia bem organizada e criminosa.
“Quem já esteve ou vive aí sabe do que estou falando, principalmente nas zonas diamantíferas, eu chorei quando deparei me com as condições que vive o povo, chegando até ao ponto de comer o lixo das empresas mineiras, o futuro de muitos jovens nessas zonas passa por garimpo artesanal de diamante, as meninas casam-se precocemente com os 13, 14, 15 anos; são jovens perdidas, tiraram-lhes o direito de sonhar; destruíram-lhes o futuro e roubaram a esperança”, lastimou.
Segundo Soto, nas Lundas, safam-se apenas aqueles que conseguem migrar para a metrópole do município para ter acesso ao ensino secundário, “são os miseráveis explorados de uma forma escravocrata na sua própria terra em pleno século XXI, aos olhos de todos, as empresas mineiras não fazem absolutamente nada nas comunidades onde exploram diamantes, estão apenas preocupados em saquear as riquezas da região e enviar os lucros aos dirigentes locais”, acusou.
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