Empresário pagou 500 mil dólares para ter acesso a JLO



O regresso à Luanda, de um empresário francês, nascido no Chade, Vincent Miclet está a ser marcado a volta de uma polêmica, por a sua deslocação ter sido antecedida de acertos de que colocaria a disposição, a quantia de 500 mil dólares americanos á “lobistas” locais que lhe garantissem o acesso ao palácio presidencial para uma audiência com o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço.


QUER AJUDA  PARA O  DESFECHO DE  UM DELICADO PROCESSO JUDICIAL 


Vincent Miclet foi no passado colaborador comercial de generais ligados ao Presidente José Eduardo dos Santos, com quem se incompatibilizou levando-o a evadir do país, há 8 anos, devido a desentendimentos e problemas judiciais em Angola. Depois da saída do grupo de JES da esfera do poder, o empresário francês procurou novos interlocutores de confiança para se aproximar das autoridades de forma a regressar à Angola, onde deixou um vasto patrimônio avaliado em “alguns milhões de dólares” que tenciona vender. Consta deste patrimônio uma frota de camiões, apartamento na marginal, residência na corimba, e outros.




 

A partir da Guiné-Bissau, onde ultimamente se instalou, o empresário estabeleceu outros contactos com uma rede de empresários angolanos na qual foi-lhe garantido o acesso ao palácio presidencial com recurso a uma interposição de uma figura ligada a Jéssica Lorena Dias Lourenço dos Santos, a primogénita do casal presidencial angolano.






Com garantias de que poderia regressar ao país, sem poder ser incomodado pelos órgãos judiciais, o empresário chegou recentemente à Luanda, numa aeronave privada que foi lhe colocada a disposição e atravessou os balcões dos serviços de migração e estrangeiro (SME) de Luanda, apresentando um passaporte diplomático emitido pelas autoridades da Guiné-Bissau. Apesar de estar hospedado em local incerto, a sua residência oficial no bairro Curimba , em Luanda, está desde a sua chegada, a ser escoltada por elementos da Polícia Nacional.



Caso venha a ser mesmo recebido pelo Presidente João Lourenço, tenciona apresentar projectos tendentes às eleições de 2022, mas também providenciar os seus bons ofícios para uma reaproximação entre JL e o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló. Na mesa, Vincent Miclet quer também o apoio das autoridades num delicado processo judicial que lhe foi movido há 7 anos, em Luanda, pelo rapto e o subsequente “desaparecimento” misterioso de um sócio libaneses, Amer Zeineddine, que lhe devia dinheiro.


 


Segundo apurou o Club-K, o processo do desaparecimento do libanês que muito tem perturbado, Vincent Miclet , data desde 2013 quando lhe foi movido uma queixa junto ao Departamento de Crime Contras as Pessoas da então DNIC resultando na abertura do processo crime N10923/013-OP. Neste mesmo ano a embaixada do Líbano, em Luanda começou a fazer e em Janeiro de 2014, o então diretor da DPIC, Antônio Pedro Amaro Neto viu-se fez chegar a esta representação diplomática uma certidão confirmando o desaparecimento de Amer Zeineddine.


 


Na sequencia de investigações, uma intercepção as comunicações de Maria Eugenia Mendonça Neves, assistente de Vincent Miclet, dava indicadores de que sabia do que tinha se passado com o libanês raptado, a quem ela considerava que teria burlado “muito dinheiro” ao seu patrão francês. Maria Neves, natural do Kuanza-Norte, foi depois notificada pelo SIC, mas terá subornado os investigadores e foi deixada em paz. Há informações de que “fugiu” para França.


 


Em 2016, o processo evoluiu de “rapto” para “homicídio”, e esteve quase a ser abafado, não fosse a deslocação à Luanda, do então ministro da segurança do Líbano que reuniu-se com o ex-ministro do interior de Angola, Ângelo da Veiga Tavares exigindo esclarecimento sobre o paradeiro dos restos mortais do seu compatriota que tem território angolano era portador do cartão de residência P029214/0241208.


 


Devido a pressão das autoridades do Líbano, a PGR através de uma carta com referencia GAB/PGAR/SIC/17, assinada pelo procurador Luciano Chacaca Kumbua, aos 31 de Janeiro de 2017, exigiu ao então diretor do SIC, Eugénio Alexandre a “ordenar a reabertura do procedimento criminal no departamento competente, retirando ab initio os autos que ocorrem tramites ao SIC/Luanda”.



 

As investigações teriam depois recaído para o Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) pelo que até ao momento não se registrou mais desenvolvimento. Sabe-se apenas que Vincent Miclet, que passou a viver em Angola desde 1999, com cartão de residente 0006528802, tenciona agora ter o apoio das autoridades para resolução destas acusações de implicância no rapto e desaparecimento de Amer Zeineddine, em Angola.


Club-K 






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