Delfina Comprido (Nina) morreu no Posto de Vacinação da Cidadela, no dia 2 de Junho de 2021, poucos minutos depois de receber a vacina Sputnik V, de origem russa, contra a Covid 19. A jovem sentiu-se mal, de seguida começou a convulsionar, já no chão deitada, os médicos tentaram manobras de reanimação, mas sem sucesso.
“Tudo indica que foi por conta da negligência da técnica de saúde”, segundo a família da vítima, pelo facto de, alegadamente, não cumprir com todos os procedimentos. No caso, não ter feito algumas perguntas relativamente a sua condição de saúde.
De todo modo, segundo a OMS, aqueles que devem consultar um médico antes da vacinação incluem pessoas com o sistema imunológico comprometido, idosos com fragilidade grave, pessoas com histórico de reacção alérgica grave a vacinas, pessoas vivendo com HIV, gestantes ou a amamentar.
Feita em elo mais fraco, a família da vítima foi colocada em quarentena domiciliar, sem, no entanto, que tivesse a oportunidade de se explicar.
O CRIME: O que foi que aconteceu exactamente?
O MARIDO/ NELSON: O que aconteceu é que no dia dois do corrente mês, a minha esposa, por volta das 13/14 horas, vai à Cidadela para receber a vacina, após a aplicação começou a sentir-se mal, a equipa de vacinação ao aperceber-se da situação, ainda a socorreu de imediato, levando-a ao Hospital Américo Boavida, mas de pouco serviu.
O CRIME: A sua mulher padecia de alguma doença que merecesse outros cuidados…?
NELSON: Sim, ela era hipertensa.
O CRIME: Como foi a reacção do corpo médico após a reacção que teve a sua mulher?
NELSON: Na reacção o corpo médico, após a morte da minha esposa, apenas disse que ela teve um AVC hemorrágico.
O CRIME: Como foi para a entrega do corpo?
NELSON: Para a entrega do corpo fui informado que o caso era de saúde pública.
O CRIME: O que a família esperava do Ministério da Saúde?
NELSON: Esperávamos um pronunciamento esclarecedor por parte do Ministério da Saúde. A vacina provocou a morte, independentemente de a minha mulher sofrer de hipertensão. A vacina sendo causa efeito, deveriam ser mais proactivos connosco, em todos os termos, mas não têm sido. Pelo contrário, mostram-se indiferentes, como se não nos assistisse quaisquer direitos, como se da morte de um rato ou uma barata se tratasse.
Nem mesmo um psicólogo foi disponibilizado à família.
Indagado pelo Jornal O Crime, o agora viúvo negou que a finada esposa tivesse tido alguma hesitação ou temesse por alguma eventual má reacção antes de ir à vacina. Disse ainda que nunca as teve tampouco tomava de outros medicamentos.
O CRIME: Era alérgica?
NELSON: Não.
No entanto, a família diz que passos subsequentes, em resposta ao sucedido, estão na forja, até porque a vítima tem parentes juristas de renome.
SEGURANÇA DAS VACINAS
As vacinas são projectadas para lhe dar imunidade sem os perigos de contraí-la. É comum experimentar alguns efeitos colaterais leves e moderados ao receber a vacina. Isso ocorre porque o seu sistema imunológico está a instruir o seu corpo a reagir de certas maneiras: aumenta o fluxo sanguíneo para que mais células imunes possam circular e aumenta a temperatura do seu corpo para matar o vírus.
Efeitos colaterais leves a moderados, como febre baixa ou dores musculares, são normais e não são motivos de alarme. São sinais de que o sistema imunológico do corpo está a responder à vacina, especificamente o antígeno (uma substância que desencadeia um imunológico resposta), e está a preparar-se para combater o vírus. Esses efeitos colaterais, geralmente, desaparecem por conta própria depois de alguns dias.
Assim, os efeitos colaterais comuns, leves ou moderados são uma coisa boa: eles mostram-nos que a vacina está a funcionar. Não experimentar efeitos colaterais não significa que a vacina seja ineficaz. Significa que todos respondem de forma diferente.
O que esperar durante a vacinação?
Os médicos podem aconselhar melhor os indivíduos sobre se, ou não, e quando, devem receber uma vacina. Um agente de saúde administrará a vacina e a pessoa que a receber será solicitada a esperar de 15 a 30 minutos antes de sair do local da vacinação. Isso para que os profissionais de saúde possam observar o indivíduo para quaisquer reacções inesperadas após a vacinação.
Como qualquer vacina, as vacinas contra a COVID-19 podem causar efeitos colaterais leves a moderados, como febre de baixo grau dor ou vermelhidão no local da injecção. Estes devem desaparecer por conta própria dentro de alguns dias.
Onde a Sputnik V já foi aprovada?
Segundo um levantamento feito pela DW, a vacina russa já foi aprovada em 60 países, além de Angola, isso inclui países de todo o mundo, como Índia, México, Irão, Gana, Sri Lanka e Sérvia.
A UE afirma que a Hungria e a Eslováquia também permitiram o uso da Sputnik V como aprovação nacional de emergência, embora o imunizante ainda não tenha sido aprovado na UE, pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Na Hungria, por exemplo, a vacina já está, inclusive, a ser administrada, enquanto na Eslováquia, 200 mil doses da Sputnik distribuídas pela Rússia, a partida, não haviam sido aprovadas pelas autoridades.
A UE afirma que a Hungria e a Eslováquia também permitiram o uso da Sputnik V como aprovação nacional de emergência, embora o imunizante ainda não tenha sido aprovado na UE, pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Na Hungria, por exemplo, a vacina já está, inclusive
Como se pode notar, difícil é saber com precisão em que países a Sputnik V não só recebeu aprovação, mas também já está em uso.
Não obstante, ainda que não tenha sido aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Agência de Controlo de Medicamentos da União Europeia (EMA) e pelos USA (CDC), a Sputnik V já está em uso e pré-encomendada, a exemplo do Brasil, onde vários estados e mais o Ministério da Saúde encomendaram juntos cerca de 76 milhões de doses.
Por outro lado, um facto a não se descurar, em meio essa “disputa” que se confunde com convicções políticas e intrínsecos interesses comerciais e de alegada influência expansionista, uma das mais antigas e credenciadas revistas mundiais versadas à ciência, a The Lancet, garante eficácia, qualidade e segurança na vacina Sputnik V.
Já o Director-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou na sexta-feira, 4 de Junho, que a aprovação da vacina russa Sputnik V será uma decisão técnica do grupo de especialistas que a analisa e que não pode prever quando será adoptada.
“É um grupo que trabalha de forma independente e que apresentará suas conclusões, assim que seu trabalho for concluído”, respondeu Tedros por videoconferência durante o Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, ao lhe ser perguntado se a aprovação da vacina russa pela OMS é uma questão de “semanas ou meses”.
Rússia
O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, no início desse mês de Junho, durante um fórum internacional sobre a pandemia, indicou que vacinar de 30% a 40% da população não proporciona imunidade colectiva.
Murashko justificou que alguns especialistas consideram que esta imunidade só pode ser alcançada com a vacinação de 80% a 90% da população.
No final de Março, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que 70% dos russos poderiam ser vacinados até Setembro deste ano. Entretanto, a campanha de vacinação na Rússia avança lentamente devido à relutância de seus habitantes.
Segundo, Murashko, até o momento, apenas quase 15 milhões de russos foram vacinados com as duas doses da vacina, pouco mais de 10% da população.
Jornal O Crime
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