Bornito de Sousa vice-presidente de Angola Caçumbulou Cubico Alheio no Bairro Alvalade



Por ocasião do seu 68 aniversário que se celebra hoje, passei em revista alguns aspectos supostamente marcantes da vida e obra do vice-presidente de Angola, sua excelência Bornito De Sousa (BS), professor universitário cidadão do Quessua, supostamente de reputação inabalável no que a corrupção diz respeito, segundo apregoam os seus “engrossadores”, vulgos “puxas-sacos” no nosso léxico. 

Confesso que muitos desses aspetos causaram-me boa impressão, sobretudo aqueles que tem a ver com atividades verdadeiramente impactante do ponto de vista social e ambiental com retornos incalculáveis; como a proteção e plantação de mangais, a seca no Cunene e ainda a fresca e muito recente visita efectuada por Bornito de Sousa a casa dos rapazes no Huambo.



 Essas ações de impacto ambiental e socias que o nosso Vice tem vindo a desenvolver, diga-se de passagem com muito mérito e pelas quais nutro profunda simpatia e admiração e as quais apoio incondicionalmente, devem merecer igualmente o apoio de toda a nossa sociedade; contrariamente ao “likes que vinha distribuindo nas publicações feitas por celebridades internacionais nas redes sociais a partir do conforto da poltrona de seu gabinete, como foi por ocasião do nascimento de um dos ultimo rebento da realeza Britânica, expondo a nu a “kunanguice” do numero dois da Nação e o seu apego as redes sociais, procrastinando das suas tarefas essenciais, remetendo os interesses de Angola e dos Angolanos para segundo plano. 


Ainda assim, o homem vem sendo idolatrado e isso somente acontece quando se tem indivíduos da sociedade civil, tais como jornalistas, juristas, panfletistas ou cartilheiros com alguma visibilidade mediática que se assumem como verdadeiras caixas de ressonâncias a seu favor. Quando assim é, até o Diabo é transformado em Deus ou no mínimo passa a ser confundido como sendo um Santo ou anjo no minimo. 


Voltei no tempo, mergulhando em minhas lembranças e veio-me a memória as palavras proferidas a uns anos atras pela Euro-deputada Ana Gomes ao referir-se a figura de Bornito de Sousa, considerando-o como sendo um dos mais “polidos e refinados intelectuais” no nosso manchado mosaico politico, maioritariamente preenchido por dirigentes do partido no poder, embora a oposição não tenha muito por quem se orgulhar.


Neste sentido, vou ouvindo um pouco por toda a parte as falcatruas protagonizadas por Bornito De Sousa, lembrando-me que no passado veiculou-se nas redes sociais informações relativamente a despesas efectuadas nos EUA por familiares seus ligados a compras de vestimentas nupciais para as damas de companhias no casamento de uma de suas filhas que viria posteriormente celebrar matrimónio que orçavam no valor de $ 200 mil USD, configurando-se no desperdício típico do erário público locupletados por parte das elites governantes, maioritariamente ligadas ao partido MPLA. 


Num país normal e organizado, essas ações de exibicionismo financeiro puro perpetrada pela familia de Bornito de Sousa, serviriam para questionar-se as origem de tanta bufunfa atirada ao ralo sem dó nem piedade, somente para satisfação do ego, deixando transparecer a tendência da segunda família de Angola no que o quesito da ostentação diz respeito, não deixando os créditos de esbanjadores e de “aparecedores sociais” em mãos alheias como é praxe na postura e comportamento dos “muatas” ligados ao MPLA.


A recente façanha protagonizada por aquele dirigente tem a ver com uma suposta compra efetuada de forma fraudulenta de uma residência localizada no bairro Alvalade sito na rua do “BIG ONE” que o vice-presidente de Angola nas vestes de bom pai ofereceu a uma de suas filhas. Configurando-se como usurpação de propriedade alheia. A residência foi supostamente vendida a Bornito de Sousa por suposto netos da antiga proprietária já falecida que são indivíduos não habilitados nem mandatados para o fazerem, sendo que o Vice-presidente na qualidade de jurista tem o total entendimento dos procedimento jurídico-legais que um caso desses demanda.

Porém, usando da arrogância que o poder que lhe foi atribuído pelo MPLA lhe confere, Bornito De Sousa nas vestes de Vice-presidente do país e figura de proa do MPLA, legalizou e apoderou-se do imóvel, usando métodos não convencionais e pouco abonatório a ética, valores e princípios que deveriam nortear um jurista e professor de direito a dimensão do número dois da Republica de Angola. 


O certo é que os verdadeiros proprietários do imóvel não foram tidos nem achados e que até não são meros “Monangambas”, porque lutaram por esse país e fazem parte da família MPLA na qual Bornito de Sousa é dirigente.

 Porém os verdadeiros proprietários pagaram um preço alto e por serem pessoas de paz e da paz ficaram a ver navios, porque o Vice-presidente do país, no seu melhor, escudando-se na capa de homem de bem entendeu estragar o que está bem, piorando o que está mal, “caçumbulou” o cubico alheio de uma já depauperada família, usando métodos duvidosos como falsificação de documento e apropriação de propriedade alheia. Belo exemplo camarada Bornito, belo exemplo! Diria Agostinho Neto se estivesse em vida. 

Posto tudo isso, só tenho que concordar quando alguém afiançou que “somos um país de cegos conduzidos por malucos”. Ainda assim lembro, embora não com a mesma emoção o que o presidente da Republica de Angola JLO em um de seus discursos afirmara que “Ninguém é suficientemente rico que não possa ser punido, ninguém é pobre demais que não possa ser protegido”. Palavras que encheram-me de orgulho, porque me iludiram e me fizeram pensar que estava a nascer uma nova Angola. Afinal era um aborto e a nova Angola acabou por baicar. “Temos medo, são eles que mandam, eles são o poder.” Ouvi isso de um dos familiares.


 Ao ver o sofrimento daquela família com quem partilhei a mesma rua na minha infância, não consegui engolir a mais essa peripécia protagonizada por Bornito de Sousa, sob o olhar silencioso da PGR e demais autoridades competentes. Quando cresci essa gente da estirpe do vice-presidente ensinou-me a admira-la e eu inocentemente via-os como verdadeiros anjos. Fui formatado por um sistema. Já dizia Malcom X “Se não estás prevenido ante os homens, os meios de comunicação, te farão amar o opressor e odiar o oprimido”. ESTA TUDO ERRADO! Eu fui enganado.


 Nunca tive nada contra com gente desta índole, com a única diferença de que agora os vejo com olhos de ver, vendo-os como autênticos monstros, nojentos e usurpadores do sucesso alheio. Que dirá A Eurodeputada depois de tamanha arrogância de um homem que ela inocentemente elogiou no passado? Que país é esse Sr. vice-presidente? Meu Deus!


Belchior Kuayvuêlua para o Lil Pasta News. 



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