ALGUÉM SE LEMBRA DO PROJECTO BRT: Um dos muitos "catás" que aplicaram ao povo- Severino Carlos



Em vésperas das eleições de 2017, o BRT foi um dos engodos lançados pelo regime para captar eleitores. BRT que é a sigla inglesa para o sistema de transporte rápido por autocarros que se usa nos países mais avançados.  

O antigo ministro dos Transportes Augusto Tomás foi quem lançou o isco, a ver se os angolanos mordiam o anzol. 


Para tanto estoirou-se algum dinheiro em obras de pavimentação cujos vestígios ainda se localizam entre o estádio de futebol 11 de Novembro e o Campus Universitário. Dizia-se na altura que, partindo do antigo controlo do  Benfica, passando por esse ponto, haveria uma via especial de autocarros que desembocaria, em escassos minutos, na zona dos quartéis do Grafanil. 

Para apimentar bem mais esse projecto propagandístico, o ministro Tomás -- que não brincava em serviço quando se tratasse de aplicar "catás" ao povo -- até teve o desplante de apresentar, através de uma pomposa cerimónia coberta pela imprensa pública, vários autocarros que já vinham, inclusive, pintados com as insígnias da dita futura companhia de BRT de Luanda.  

Quem passa pelo esburacado entroncamento que liga as vias de Calemba 2 e da Sapu em direcção ao 11 de Novembro, ainda pode ver, espetadas no solo, algumas vigas inacabadas dessa obra.

 Tais pilares agora mais parecem "tótens" que nos mostram que um dia ali houve um projecto fantasma de construção de um sistema de transporte rápido de Luanda.

Portanto, os eleitores fiquem atentos, muita atenção mesmo, pois já estão em preparação outros "catás".

Post scriptum: Na verdade, uma BRT não é coisa doutro mundo. Até é "fazível". O problema connosco é transformarem os sonhos não em realidade, mas em elefantes brancos.



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