À SOMBRA DA MULEMBA NO CHALÉ DO LOPITO- SALAS NETO


Saber da eventual publicação do meu terceiro livro de crónicas, desta vez pelas Edições Novembro, terá sido o melhor que me poderia acontecer ontem no chalé do poeta Lopito Feijó, durante uma espécie de homenagem que lhe estava a ser prestada em directo pelo programa «Conversa à sombra da mulemba» do Raimundo Salvador e Orlando Sérgio, na Rádio Mais. A boa-nova foi dada por Drumond Jaime, PCA dessa empresa pública, quando anunciava a sua intenção de se lançar na edição de livros, a juntar à tradicional vocação da casa, que é a publicação de jornais. Aliás, o evento em casa do Lopito Feijó tinha a ver com a celebração do regresso às bancas do seu jornal cultural, agora com o jovem Gaspar Micolo à cabeça, em substituição de José Luís Mendonça, que lhe dedicou as honras da edição de reentrada no mercado.



Drumond Jaime revelou que a prioridade do seu projecto livreiro será dada aos «autores da casa», jornalistas efectivos ou colaboradores que detêm colunas em alguns dos seus títulos, em especial o Jornal de Angola, que é a «jóia da coroa». Adriano Mixinge e Luís Kandjimbo deverão ser os primeiros «contemplados», sendo provável que eu venha a seguir com uma colectânea das crónicas da coluna «Ecos do Areal», que publico no jornal luandense das Edições Novembro», o quinzenário «Metropolitano». 

Depois do programa, em que acabei por ser um dos principais protagonistas, a seguir ao anfitrião, fomos convidados a tanchare a chupar. Me atraquei dum menha-ndungo de bagre com mandioca, competentemente empurrados por umas ekas bem fresquinhas. Chegou-se a mim uma rapariga que disse que também é cronista, embora seja mais conhecida como poetisa, a Catarina Fortunato, que acabou por me servir como se eu fosse um príncipe, suspeito que por instrução da esposa do anfitrião ou a co-anfitriã, a boa da Aminata Goubel.

Às tantas, saiu música ao vivo, sob responsabilidade do miúdo malanjino que havia animado o programa, Costa qualquer coisa, contando com a ajuda de Salas de Castro e da Elisa Coelho da Cruz, que revisitaram canções de David Zé, Urbanito, António Paulino, Artur Nunes e «tantos outros». Para ajindungar mais o mambo, Salas de Castro (o meu nome artístico) tratou de dar um cheirinho da dança do avacalho, antes de ser obrigado a zagaiar extemporaneamente por pressão moral do sobrinho, que queria ver a final do euro no sossego do seu chalé, mas também do KB Gala, que teria compromissos inadiáveis para tratar no bairro. 

Entre os convivas, anotei também as presenças do Pedro Mendes de Carvalho e do puto Altino Santos. Enfim. Gostei p'ra xuxu da minha primeira ida à «9ª Brisa»!



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