O homem forte da música angolana não só co-produzirá espectáculos do líder da G-Unit, como também direccionou seu core business e passará a promover a música nacional no mercado norte-americano, colocando nossos artistas a actuarem nos principais palcos internacionais.
Numa primeira fase, seleccionou quatro artistas, mais tarde, a lista abrangerá outros do seu top 25, onde constam as principais referências da música angolana, entre eles Bonga, Yuri da Cunha, C4 Pedro, Dog Murras etc..
No empresariado cultural, Riquinho já não tem nada a provar, tanto em Angola como no estrangeiro. Os longos anos dedicados à música, colocam-no entre os melhores no sector, aliás, não é à toa que é conhecido pelos norte-americanos como King Of Africa.
O convite para integrar a turma de 50 Cent e co-produzir seus espectáculos nos EUA surgiu pelo agente do norte-americano. O empresário angolano ajudará também na produção de um filme autobiográfico do rapper, filme este que trará, além das memoráveis imagens dos espectáculos em Luanda, as do “roubo” do fio.
A produção dos shows de 50 Cent não vem sozinha, o manager angolano vai produzir ainda espectáculos de Fat Joe, Ja Rule e Busta. À Carga, Riquinho revela que chegou o momento de virar as baterias e levar os músicos angolanos para os grandes mercados internacionais, tal como acontece com a música nigeriana.
Vai ajudar a produzir espectáculos de 50 Cent.
” Exactamente, quatro como podem ser cinco, com perspetiva de um nosso”. Dele são quatro. Há perspetiva de fazer um nosso. Já tinha agendado com o Fat Joe, Ja Rule e o Busta. Lá mesmo nos EUA, portanto, que é o festival afro americano.
Como foi que lhe chegou o convite para co-produzir espectáculos de 50 Cent?
O contacto foi através do live que fiz com Fat Joe. E depois falei com o manager do Cent, que me informou do convite. Na verdade, é mais a imagem, pois ele tem a produtora dele que organiza tudo e eu estarei lá para dar mais umas ideias e a minha marca.
Disse que tinha agendado espectáculos com Fat Joe e Ja Rule. Por que não aconteceu?
Tudo dependia da evolução da pandemia, das vacinas. Em Abril, tínhamos projectado para Novembro, agora com isso, de certeza, que vão projectar para Dezembro. Mas Dezembro está frio, tem que se ver um estado que não faça frio em Dezembro, portanto, está em sine die. Não adianta, não adianta datas para o festival afro americano.
Sobre o espectáculo de 50 Cent, quando prevêem realizá-lo?
Quanto o do 50 Cent está entre Setembro e Dezembro. Vai haver a primeira sessão e segunda já em Agosto, mas nós não estaremos em condições, porque eu não quero só ir. Quero ir e levar um artista angolano para fazer a primeira parte. Já tenho um seleccionado, de princípio ver a agenda do C4 Pedro. Tenho seleccionados alguns, mas ainda não acertei com eles, só estão em pré aviso.
É a imagem de Angola que fica em alta…
A imagem de Angola já estava em alta quando ele esteve cá. É uma recapitulação, porque ele já esteve cá duas vezes e aquilo que ele fez cá: actuação e a doação dos 100 mil USD para as vítimas da seca e ir à embaixada Americana para o espctáculo do Sida e todas as filmagens de Angola para o mundo.
Sabe-se também que estas imagens virão a fazer parte de um filme sobre 50 Cent.
Sim, de um filme sobre a vida dele. Tenho 90% de certeza que vão. Todas não, mas algumas as principais, do fio, a doação e da embaixada, e algumas partes do espectáculo, eu tenho a certeza, farão parte do filme. Já alguém me confidenciou que estão no roteiro do filme.
Já se sabe da data para o lançamento deste filme?
Ainda não sei.
Por tudo quanto contou, deduz-se que agora quer redireccionar as baterias para os EUA. Se antes era dos EUA para Angola, agora parece que será o contrário.
Exactamente. Agora é só direccionar as baterias para os EUA, se antes era os EUA para aqui, agora é daqui para lá. Estando os meus filhos lá, contando com o apoio deles, nada melhor. Com ajuda na tradução, interpretação e nos links. Eles estão lá há bastante tempo e sabem como é que aquilo funciona, independentemente de estarem na área do desporto e eu na cultura, o mercado é tudo muito parecido. A partir de agora, o meu core business vai ser este.
Como é que pretende fazer isso?
Com o know how que eu tenho, com a facilidade que eu tenho com músicos internacionais, que a maioria são meus amigos. Alexandre que é o meu afilhado de casamento, Fat Joe, Dj Clerk, Ja Rule, Busta, agora o 50 Cent, porque eu não tinha muita relação com 50 Cent, eu só comecei a falar com 50 Cent em Abril deste ano, mas com os outros é um contacto quase permanente, então surgiu uma ideia de que posso usar o meu nome, os meus conhecimentos pôr estes artistas a serem vistos. Inicialmente serem vistos nos Estados Unidos, serem vistos ao mais alto nível no Brasil.
Antes tinha mais possibilidade de fazer isso e não fez. O que lhe impedia de pensar desta forma quando tinha quase todos os meios à sua disposição?
Tudo tem o seu tempo. Eu antes provavelmente, não faria isso como vou fazê-lo agora. Agora estou com mais disponibilidade. Antes a ideia era aqui, era trazer aqui. Isso veio no tempo certo. Não sei se antes daria certo, mas agora estou disponível. Tenho os meus filhos lá para me apoiarem e que vão lá também com outros propósitos. Eu acho que é o momento ideal. Dizer também que, provavelmente antes os americanos podiam pensar que eu estaria lá só para ir buscar, eles agora têm também algum interesse em mim.
O show lá estava numa velocidade cruzeiro, então, como abrandou um bocado por causa do Covid-19, há interesses de recomeçar com novidades. Eu ir co-produzir o show do 50 Cent, não é mais nada se não aparecer para dar entrevistas… Há em volta do meu nome um marketing muito grande, eu senti isso no DJ Clerk durante a minha live com Fat Joe, aquilo foi o primeiro sinal de eu fazer alguma coisa para os EUA.
Eu fiz em Portugal com 50 Cent, mas fiz também aqui com Fat Joe, Ja Rule, Ashanti…quer dizer, aquilo é inédito. Eu não fiz co-produção. Chegou o momento de eu virar as minhas baterias para o mundo em proveito de Angola, dos músicos e meu.
Todo mundo quer conhecer. Houve aquelas estórias do DMX, Fat Joe e Ja Rule, depois viram que era mais marketing do que outra coisas e que nunca aconteceu nada disso, eu fiquei promovido, de alguma maneira, eles querem conhecer o King de África. Então, é artura certa.
Que artistas seleccionou?
Uma Jéssica PitBull a fazer abertura de espectáculos de Ja Rule ou Fat Joe. A ideia é fazer apresentação lá e a partir daí semeia, por isso é que a primeira ida é sem cachet e nós, a organização, assumimos a estadia e alimentação. Depois da primeira apresentação, eu tenho certeza que o próprio C4, Dog Murras, Yuri da Cunha e a Jéssica já lhes contratam, surge a negociação aí é que começam os ganhos.
A se materializar, e a Carga acredita que sim, vamos colocar Angola quase no mesmo patamar da música nigeriana…
Vamos chegar lá. Não digo a nigeriana, mas pelo menos o Congo. Está a Nigéria, estava o Senegal, está o Congo e depois vêm aí um grupo de muitos países, Cabo Verde tentou. Os angolanos podem furar por causa da dança. Estou a falar de Dog, Yuri e Jéssica. O C4 é muito forte com o Soul Music, também é um bom rapper, então pode dar certo.
Gostaria de explicar melhor sobre o alojamento, passagens. Disse que, numa primeira fase, não terá custos da sua parte.
O voo é do artista, mas a estadia durante o período de espectáculo, por 7 dias, a gente assume, portanto não tem gastos nenhuns do nosso lado. Porque dando certo o primeiro artista, acabou. A ideia mesmo é tirar proveito do know how, da facilidade, da amizade e do interesse de outros músicos americanos têm de vir para Angola. Por exemplo, o Clerk tem grande interesse em vir para Angola, então a gente pode aproveitar. Nos vários espectáculos dele, a gente pode meter a Jéssica a dançar umas duas músicas, o Dog, uma…ele apoia, porque sabe que vai beneficiar depois. Como eu nos EUA sou visto como a pessoa que paga muito bem os artistas norte-americanos, há todo esse interesse, tanto as produtoras como as agências, então vamos tirar proveito disso.
É caminho para duetos de artistas angolanos com os norte-americanos.
Dueto também um gajo estaria a sonhar muito. Mas é eles fazerem aberturas de shows, depois daí aparece tudo. Foi assim que aconteceu com todos os artistas africanos lá e houve artistas que se amarraram nos artistas africanos para fazer sucesso. O Akon, muitos artistas americanos se penduraram nele, até 50 Cent.
Carga Magazine
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários