«Se dei encontro» esta manhã no quintal do Hospital Américo Boavida (HAB) com um grupo de «mulheres do povo», com filhos às costas, que levavam tigelas cheias de sopa e se dirigiam para interior da referida unidade de saúde.
Soube pela voz da pessoa que me acompanhava, a quem dera boleia até aquele hospital, que se tratava de mães de crianças internadas na área de pediatria do hospital, e que todos os dias faziam o movimento de ida e volta. Ou seja, iam à busca da sopa que lhes era ofertada religiosamente pela igreja católica.
Vitrifiquei que à volta das senhoras que distribuíam generosamente as sopas não havia símbolos religiosos ou de partidos políticos nem o ruidoso batalhão de profissionais da imprensa televisiva, radiofónica e escrita para registar o «histórico» acontecimento... Estava estampado nos seus rostos que praticavam o acto por amor a Deus e ao próximo, de forma a atenuar-lhe a dor e o sofrimento. Desinteressadamente!
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Lembrei-me dos políticos que nesta fase do campeonato andam pelos bairros, ruas e ruelas de Luanda a distribuir sopas em troca de votos nas próximas eleições... Depois de ganharem as eleições esquecem-se dos pobres que votaram e acreditaram neles. Quão a diferença entre um e outro acto!
Fiquei com a sensação que aquelas mulheres da igreja católica levam muito a sério o aforismo que diz que a mão esquerda não precisa de saber o que a direita faz... Ou seja, quem ajuda desinteressadamente não precisa de fazer propaganda em torno dos seus gestos filantrópicos.
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