Que podridão! - José Carlos de Almeida


 

 1. GANÂNCIA E FALTA DE PATRIOTISMO. Ao ler e ao ouvir o caso nojento e perigoso do major mais famoso de Angola, Paulo Lussaty, é-me difícil admirar os nossos governantes, salvo as devidas excepções. Sinceramente!... Tanta ganância e falta de patriotismo!


2. MENTALIDADE PREJUDICIAL


Fora a criminalidade organizada, chego à conclusão de que o tribalismo e o nepotismo sempre estiveram e ainda estão presentes, notória ou disfarçadamente, no nosso Pais. Com o tribalismo, nepotismo, corrupção, ganância e incompetência é difícil ou mesmo impossível Angola dar passos em direcção ao desenvolvimento. Como é possível haver pessoas que não pensam nas futuras gerações?! É possível haver tantos governantes sem a preocupação de deixar os seus respectivos nomes associados actos e projectos e empreendimentos dignos de louvor, pela sua legalidade? Tenho pena da mentalidade da maior parte dos nossos governantes e gestores. Preferem ter muito dinheiro guardado a investi-lo para o bem de Angola e dos angolanos. Preferem acumular grandes somas de dinheiro (ilegal) a não investir na formação dos seus familiares.




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2. REPROVAÇÃO VEEMENTEMENTE


Tudo que tem vindo a correr e a ser descoberto merece uma reacção enérgica dos angolanos, que não podem aceitar resignadamente o seu sofrimento. Esse sofrimento tem ver com a maldade de muito dos nossos governantes.


Sabemos que todos vamos morrer. Mas há pessoas que, após a morte (💀, serão endeusadas, como tem vindo a acontecer. O endeusamento público dos maus compatriotas, por diferentes razões, constitui uma autêntica indiferença aos sofrimento de inúmeros cidadãos, além de construir um incentivo à prática que lesem o Pais e as pessoas que o amam, designadamente, os cidadãos e os estrangeiros, que escolheram Angola para viver e investir.


3. “TESTA DE FERRO”


Por causa da corrupção e da intenção em saquear o erário, os governantes e gestores com mentalidade e atitudes negativas, após a nomeação ou eleição para o exercício de diferentes cargos, indicam alguém para ser seu “testa de ferro” ou “ponta de lança”, como se diz em Angola. Geralmente, a pessoa escolhida para a exercer essa função negra é um familiar, amigo ou antigo colega, escolar ou laboral de confiança.


Muitos “pontas de lançam”, marcaram muitos golos ilegais, nos diversos campos que actuavam. Algumas vezes, marcavam golos com a mão. Outras vezes, os golos eram marcados em foram de jogo nítido, com a cumplicidade da arbitragem.


Devido à consciência da criminalidade dos seus actos, muitos “ponta de lança” fugiram de Angola, com medo da justiça. Têm medo de entrar na “kuzueira”. Porventura, muitos estejam a torcer para que haja mudança de poder, em 2022, de modo a poderem regressar ao País, sem grandes preocupações com a justiça. Na hipótese de haver mudança de poder, depois de pouco tempo, regressão de “cara pode” ou com a “cara tipo nada”, na medida em que, por norma, quem nasceu e cresceu em Angola quer cá viver. Aqui os kitutes da terra têm melhor sabor e comido em convívio com os coevos, amigos, vizinho e “patos” (penetras), que o animam.


4. REITERAÇÃO


Não me alongo mais. Termino, dizendo o que disse há dias. “O meus Pais é rico de pobreza. É de tanta burrice é mesquinhice”.



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