LUTA DE TITANS NO FÓRUM CABINDÊS PARA O DIÁLOGO: BENTO BEMBE QUER A TODO CUSTO VOLTAR NA LIDERANÇA DOS REFORMISTA DE CABINDA



Com o aproximar das eleições gerais em Angola, começa uma luta sem precedentes no FCD.


O antigo líder do movimento independentista armado cabindês, FLEC Renovada, e actual deputado do partido no poder em Angola, MPLA, está a tentar recuperar o seu cargo de presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD), ignorando que foi afastado da liderança desta organização. A corrida já em curso para as eleições gerais de Angola é a razão de mais um ressurgimento de António Bento Bembe.


Após ter sido afastado da presidência do FCD, devido à incompatibilidade desta liderança com o seu cargo como deputado do partido no poder em Angola e depois de perder credibilidade política juntos dos círculos nacionalistas em Cabinda. António Bento Bembe tenta regressar para sobreviver politicamente no MPLA, sendo o FCD o seu único recurso e instrumento político para salvar o seu assento no parlamento angolano.



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Como argumento, António Bento Bembe retomou a retórica da implementação em curso do “Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação Nacional para Província de Cabinda”, assinado a 01 de Agosto de 2006, pelo próprio em nome do FCD.


No entanto, com base na incompatibilidade das funções como deputado do MPLA e líder do FCD, o antigo braço direito de António Bento Bembe, o General Maurício Nzulu assumira oficialmente a liderança do FCD a 11 de Janeiro de 2020, após ter permanecido provisoriamente, desde de 21 de Abril de 2019, como líder do Fórum.


“Podemos dizer que Bento Bembe foi afastado completamente do FCD. Agora não é mais o presidente do FCD”, declarara Maurício Nzulu numa entrevista em Junho de 2019. Uma decisão que António Bento Bembe nunca reconheceu.


A reivindicar a liderança do FCD, António Bento Bembe e Maurício Nzulu não estão sós. Também o General Bonifácio Zenga Mambo afirma ser o presidente da disputada organização. Um terceiro presidente que todavia não beneficia de carisma junto da sociedade cabindesa.


Na terça-feira 01 de Junho, António Bento, Bembe durante uma conferência de imprensa no Hotel Trópico em Luanda, reafirmou que é o presidente do FCD e disse ter reunido duas vezes com o presidente angolano, João Lourenço, sobre a retoma da implementação do memorando de entendimento, paralisado há 12 anos.


Reagindo à conferência de imprensa de António Bento Bembe, o gabinete do secretário-geral da facção Maurício Nzulu no FCD, divulgou um documento em que “o Conselho Consultivo, a Comissão Política, o Comité Executivo e todos Comités e Núcleos de base do FCD, prestam o seu apoio indefectível ao Presidente democraticamente Eleito do FCD, General na Reforma, Maurício Amado Nzulu, na condução dos destinos do único instrumento legal, reconhecido no quadro do Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação Nacional para Província de Cabinda”, não reconhecendo assim qualquer legitimidade a António Bento Bembe.


O “reaparecimento do General António Bento Bembe, que há 4 anos abandonou o FCD e o povo de Cabinda”


Poucas horas depois, Maurício Nzulu emite um comunicado em nome Fórum em que destaca o “reaparecimento do General António Bento Bembe, que há 4 anos abandonou o FCD e o povo de Cabinda cuja função actual é deputado do partido no poder”.


No mesmo documento Maurício Nzulu afirma que também recebeu do presidente angolano as mesmas “garantias” que António Bento Bembe alegou ter recebido nos dois encontros que referiu, e que o General José Sumbo, que recentemente estreou-se na questão de Cabinda, alegara igualmente ter obtido do chefe do Estado angolano.


Com o aproximar das eleições gerais em Angola o MPLA pretende conquistar politicamente Cabinda e evitar que as eleições tornem-se numa nova demonstração de repúdio dos cabindeses ao partido que se mantém no poder em Angola desde a sua independência.






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