Inflação galopante e alto desemprego colocam Angola no topo do índice de miséria no mundo



Misery índex ou índice de miséria, em tradução literal, foi construído pelo economista Arthur Okun na década de 1960 com o objectivo de municiar o presidente norte-americano Lyndon Johnson com um indicador económico facilmente compreensível. O índice de miséria original era uma soma simples da taxa de inflação anual de uma nação e sua taxa de desemprego. O índice foi modificado várias vezes, primeiro por Robert Barro, de Harvard, e depois por Steve H. Hanke. ́




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Como a inflação e o desemprego são ambos prejudiciais para o cidadão comum o índice de miséria acaba por medir o nível de desconforto económico de um país. Quanto maior o índice de miséria mais o desconforto económicos dos cidadãos e consequentemente do País.



Aplicado a Angola, o índice de miséria atingiu 55,4 pontos percentuais em Março, resultado de uma taxa de inflação anual de 24,9% e de uma taxa de desemprego de 30,5%. Desde o II trimestre de 2019, data em que o desemprego começou a ser medido regularmente em Angola, o índice de miséria atingiu um máximo de 57,8 % (23,8% de inflação mais 34% de desemprego) no III trimestre de 2020 e um mínimo de 45,6% (16,9% de inflação mais 28,7% de desemprego) precisamente no II trimestre de 2019. No final de 2020, o índice de miséria de Angola fixava-se nos 55,7% (25,1% de inflação mais 30,6%) era o mais elevado entre um grupo de países selecionados pelo Mercado, nomeadamente países que falam português - excepto Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor, mais África do Sul e Egipto.




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