Um gajo do Lubango, creio, foi a uma publicação minha sobre o «27 de Maio» falar bem mal do Nito Alves, dizendo que não entendia como é que os seus seguidores o consideravam um grande intelectual, se o homem não dava nenhum, tendo em conta o baixo nível do que já lera dele. Desconsegui de lhe responder.
Ora, a única obra de Nito Alves que li foi um «manuscrito» no qual ele congrega as famosas 13 teses em sua defesa que apresentou ao comité central do então ainda movimento de libertação, em resposta às acusações de «fraccionismo» de que tinha sido alvo.
Fui forçado a lê-la por razões profissionais.
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Fui eu, Salas Neto, quem apresentou pela primeira vez ao grande público, por via do Folha-8, as «13 teses em minha defesa» de Nito Alves, um conjunto de textos dactilografados que em dada época podia custar a vida de quem fosse apanhado com ele. Tanto é assim que, mesmo já em plena era da democracia multipartidária, em 1996 ou 1997, todo o mundo na redacção do «folhinha» ficou com cangufa de pegar nele para publicação em suplementos semanais, quando o William Tonet surgiu com esta proposta. Fui o único que dias depois ganhou tesão para tal.
E com o Mateus Fula no design gráfico, lá resumi a obra já não me lembro em quantos capítulos, no que seria um excelente serviço público prestado. Chegou-se a sabular que a minha «coragem» haveria de me valer o «prémio maboque», mas o máximo que ganhei do sacana do William Tonet foi um televisor de 21 polegadas todo escurrubatado, enquanto o gajo era elogiado publicamente pelo PRD do Luís dos Passos, se calhar já a prever isso é que ele não permitiu que assinasse o trabalho.
Chefe indígena, vais pagar no inferno por todos os pecados que cometeste contra a minha pessoa. Sabes que afinal também me deves cinco anos das contribuições fiscais que não entregavas à segurança social, além dos cinco mil dólares pelo despedimento indirecto? Com o lucro cessante, deve ultrapassar os 200 mil dólares. Não sabes como pagar?! Porra, pede um montinho ao major!
Pois, voltando às 13 teses do Nito Alves, dizer que já revelei que aquilo nada tinha de especial, não sendo mais do que um amontoado de citações de autores ou pensadores soviéticos. No ano passado, o Artur Cussendala chegou a inventar que eu tivera participação decisiva na sua elaboração, mas a verdade é que apenas a resumi para publicação em capítulos no Folha-8. É assim que tem de rezar na História universal!
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