Dívida soberana ‘retira’ 70 milhões USD do BFA



O Banco de Fomento Angola (BFA) obteve lucros na ordem de 90 mil milhões de kwanzas no exercício económico de 2020, o que representa uma queda de mais de 25%, quando comparado a 2019. A instituição justifica a queda com o “registo de 70 milhões de dólares em imparidades com activos de títulos e créditos, na sequência da revisão em baixa do rating da dívida soberana de Angola”.


A redução do resultado líquido reflectiu-se no resultado acumulado atribuível aos accionistas, que caiu de 135.192,9 para 89.848,6 mil milhões de kwanzas, representando um decréscimo de 33%. Caiu também em 11% a rendibilidade dos fundos próprios.





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O BFA registou ainda um crescimento do número de clientes, na ordem de 6,2%, situando-se agora nos 2.196.080 e o activo total em 31% para 2 874 899,7 milhões de kwanzas. Aumentou também o produto bancário em 30,7% para 274 224,3 milhões de kwanzas e, em consequência, os recursos de clientes aumentaram 38,8% para 2.252 202,7 milhões de kwanzas.


O número de funcionários do banco, que em 2019 era de 2.724, cresceu para 2.775, representando um aumento de 1,9%. Esse crescimento também é acompanhado pelos custos de estrutura que, em 2019, se situavam nos 77.075,3 e no exercício 2020, de 91.764,1.


Em 2020, o BFA captou depósitos na ordem de 2.252.202,7 milhões de kwanzas, mais 38,8% do que em 2019. O rácio de transformação apresentou uma redução face a 2019, situando-se nos 17,2%. A descida é explicada pelo maior crescimento relativo nos depósitos face ao crédito bruto concedido a clientes que registou um aumento de 359.170 milhões de kwanzas em 2019 para 387 818 milhões de kwanzas no final de 2020, mais 8% face a 2019.


Valor Econômico 



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