CONTINUAMOS A PAGAR O BAJULISMO? - ILIDIO MANUEL



Numa entrevista que concedeu em 2019 à DW, o ministro da Justiça revelou que existiam no país 500 organizações Não Governamentais reconhecidas pelo Estado angolano, 20 das quais tinham o estatuto de Utilidade Pública. Ou seja, recebiam do dinheiro do Estado para manter-se de pé.

Francisco Queiroz disse na ocasião que o Estado deixaria de financiar algumas delas devido à escassez de recursos financeiros.

Li hoje no JA que o titular da Justiça afirmou que existem no país 41 organizações de Utilidade Pública. Significa que houve um crescimento de mais 21 organizações em relação aos últimos dois anos que passaram a beneficiar das tetas do Estado.  





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Das duas, uma: ou ministro da Justiça enganou-se ou desconhece os números reais de organizações existentes, pois não é crível que o Estado que anda à míngua de kumbú fresco admita mais organizações. 

Gostaria de saber se os contribuintes angolanos continuam a financiar organizações de cariz bajulatório como a AJAPRAZ, MNE, AMANGOLA, LWINI, KABUSCORP e outras, mas que estão inactivas. 

Por outro lado, ninguém em sã consciência acreditara que o Estado esteja a gastar apenas seis mil milhões de KZ pelas 41 organizações, como Francisco Queiroz fez questão de referir na entrevista que concedeu ao «Pravda». 

Há algo que não está a bater certo nesta história das Organizações de Utilidade Pública...



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