Ninguém vai ao pai sem passar em Jesus: Lava Jato na Sonangol, a PGR não vai chegar em Manuel Vicente, sem antes chamar Albina Assis e Desidério Costa



MPLA transformou-se numa trincheira de pessoas inescrupulosas.


Albina Assis Africano foi ministra dos Petróleos entre 1999 e 2002. Foi sucedida por Desidério Costa, que ocupou a pasta até 2008.


Ambos acumularam o exercício da função com elevadas responsabilidades na direcção do MPLA, nomeadamente no seu Comité Central.




Nos “Documentos ligam Carlos Saturnino a negócios com a Sonils” publicados na em uma edição do semanário Valor Económico é referido que os dois antigos ministros dos Petróleos de Angola são acionistas da Socalp, descrita como “uma das duas empresas que receberam dividendos da Sonils, entre 2004 e 2012, no valor de 23 milhões de dólares mesmo sem fazerem parte da estrutura formal de acionista” da subsidiária da Sonangol.




Desde a sua fundação, em 1995, até 2011, a Sonils teve apenas dois acionistas: a Sonangol, com 30% das acções, e a Orlean Invest Holding (OI OSC), com 70%. Não obstante ter apenas dois acionistas, de 2004 a 2012, a Sonils teve que distribuir dividendos por entidades totalmente alheias ao seu pacto societário, nomeadamente a Socalp detida, entre outros, pelos já referidos antigos ministros, e por Carlos Saturnino.




Entre 2012 e 2014, já a Sonils era exclusivamente detida pela Sonangol, após haver desembolsado 297 milhões de dólares para adquirir as acções da OI OSC, a Socalp continuou pendurada à teta, recebendo dividendos na ordem de 55 milhões de dólares.




 Temos, pois, que entre 2004 e 2014, a Socalp, uma empresa privada detida, entre outros, por dois dirigentes de proa do MPLA, embolsou aproximadamente 80 milhões de dólares, sem qualquer merecimento.




Enquanto estiveram no Governo,  Albina Assis e Desidério Costa  fantasiaram-se, sempre, de pessoas muito sérias e de conduta inatacável. À  antiga ministra dos Petróleos e da Indústria  até o mais simples exercício de humor incomodava.



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