Um caso insólito, que envergonha o Banco Central de Angola. Aos olhos das suas congêneres africanas, o BNA marca passos acelerados para liderar o ranking da instituição com maior fragilidade no seu sistema financeiro.
Numa altura em que o Presidente da República, João Lourenço, desdobra-se em atrair investidores estrangeiros para o País, os angolanos foram surpreendidos com a notícia que algumas crianças encontraram uma caixa de dólares, com selo do BNA, deitada no contentor de lixo no Golfe, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda.
Não é possível encontrar uma explicação racional para justificar o aparecimento de dólares numa lixeira, que tanta falta faz a economia nacional.
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Um facto digno de registo para o "Guiness book", porque não há relatos de países do "primeiro mundo" que constataram algo semelhante.
Depois do BNA ter se demarcado das suas responsabilidades na "Operação Caranguejo", atribuindo toda culpa a um Banco Comercial sem rosto, para não variar, a Unidade de Informação Financeira (UIF) parece que está longe de combater o branqueamento de capitais, e acompanhar milimetricamente as transações financeiras ilegais, bem como outros crimes financeiros.
Desta vez, José de Lima Massano Júnior veio à terreiro para dizer que a entidade reguladora financeira do País tem poucas informações sobre o assunto, mas assegura que decorrem investigações para compreender em que circunstâncias os valores saíram do Banco Central.
O Governador do BNA passa uma imagem de um comandante de uma embarcação sem bússola, em pleno alto-mar.
No fundo é tudo fachada! Massano Júnior conhece bem os corredores do BNA como ninguém, mas ainda assim, continua a ser astuto e dissimulado, diante dos últimos acontecimentos, inocentado-se de todos episódios negativos relacionados com a instituição que dirige.
Para completar o circo, a Polícia Nacional (PN) desmentiu a informação sobre avultadas notas encontradas em contentor de lixo. De acordo com o Porta-voz da PN, Néstor Goubel, "as crianças não encontraram avultadas notas de dólares, mas sim encontraram, apenas, uma caixa contendo somente 200 dólares", contrariando a opinião das testemunhas oculares.
Aos poucos a teia que envolve os crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa vão sendo revelados, e cai por terra o rótulo do Major "vilão", e fica cada vez mais evidente que Lussaty não passa de "carne de canhão", e só foi flagrado por causa da sua febre de ostentação, facto que despertou atenção do SINSE.
Aliás, o Portal digital "Angola 24 horas" vai mais longe e assegura que, "Carlos Feijó, Pedro Sebastião e José Massano Júnior são os Homens por trás do Major Pedro Lussaty".
A pergunta que não se quer calar: os valores que serão objecto de investigação são apenas aqueles que vieram à tona ?
Entretanto, o próprio Massano é dono e detentor de uma fortuna imensurável... Quem vai investigar a sua fortuna?
O Governador do BNA tem a oportunidade sublime de, pela primeira vez, manifestar o seu patriotismo, colocando o seu cargo à disposição.
Massano, haja vergonha!
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