A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, ‘12 Mias Velhos’, garantiu esta semana em conferência de imprensa que Afonso Nunes está a fazer comércio com a fé, e o que mais preocupa aquela instituição é o povo que ele tem enganado.
O porta-voz da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, ‘12 Mais Velhos’, Maturnino Pedro Nzila, esclarece que «Afonso Nunes conseguiu fazer a vida dele e deve deixar a igreja em paz. Ele deve deixar de enganar o povo e de utilizar a mentira», refere.
Maturnino Pedro Nzila lembrou que «em 2015 iniciou um conflito intenso entre duas partes tocoistas, que começou com o Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos e os ‘12 Mais Velhos’, depois de não haver consenso. Os ‘12 Mais Velhos’ exigiam do antigo ministro Rui Mangueira que reparasse o erro que havia cometido na tentativa de reconhecer à revelia a facção de Afonso Nunes, usando mentira e falsidade para facilitar um amigo. O ministro, na altura, disse que iria resolver o problema em sete dias. Passado esse tempo não resolveu. Completados quarenta e cinco dias, a igreja recorreu ao Tribunal Supremo. Aquele órgão averiguou o problema e, em 2018, fez sair o primeiro acórdão que anulava o despacho do ex- ministro da Justiça e dos Direitos Humanos», explicou.
Na visão da Igreja, continuou, «Afonso Nunes não era a parte do litigio. Mas quando saiu o primeiro acórdão, ele levantou-se contra. Correu às rádios e televisões a dizer que o assunto havia sido mal tratado e que foram mulheres que decidiram o acórdão e prometeu que iria recorrer. Estas suas declarações foram públicas. É assim que ele recorreu. Certamente que os homens receberam o assunto e trataram, mas então voltaram a dar razão às mulheres que tinham decidido a favor dos ‘12 Mais Velhos’. O tribunal fez sair um outro acórdão aonde diz que temos razão», assegura.
Para aquele membro, esta decisão foi a reposta à personalidade jurídica da igreja, com a anulação pelo Tribunal Supremo do recurso de despacho nº 396/15, de 16 de Novembro, do antigo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos. «E com esta acção acabou por ilegalizar em definitivo a igreja de Afonso Nenes através do processo nº 85/19, de 11 de Setembro de 2020», disse.
O porta-voz vança que o despacho do ex- ministro da Justiça e dos Direitos Humanos foi anulado no primeiro e no segundo acórdão e assim mantem-se. «Isto significa que a igreja neste periodo que decorreu, que vai de 2015 até 2021, beneficiou de um pequeno
reconhecimento embora fraudulento. Estamos aqui para dizer que o reconhecimento fraudulento chegou ao seu fim», alerta.
Reconhecimento fraudulento de Afonso Nunes chegou ao fim
O porta-voz da igreja reconhce que «a facção de Afonso Nunes é ilegal. Ele tem alternativa que é solicitar aos ‘12 Mais Velhos’ para não deixar de ser tocoista. Se ele não quiser abraçar esta alternativa que vá para uma outra, ou seja, deixa de ser tocoista. O Ministerio da Cultura, Ambiente e Turismo, reconhece as dissidências que mostram trabalho, mas não levando o nome e os símbolos tocoistas. O que queremos é que ele não insista por esta via. Queremos é que o Estado tem de fazer cumprir as decisões dos tribunais. Afonso Nunes é obrigado a cumprir com a decisão do tribunal e, se ele não o fazer, nós temos competência para obrigá-lo a cumprir com a lei. Ele que não se mostre arrogante», enfatizou.
Esclarecendo que a suposta legalização dada à facção de Afonso Nunes, criou muitos prejuízos e confusões, sublinhou que «houve políticos irresponsáveis. Conhececemos aonde é que o país passou. Havia políticos que não respeitavam as decisões dos tribunais. Vimos que a igreja já estava abalada com os três reconhecimentos. Em 2000, o governo que não apoia as três direcções tocoistas reconhecidas, nomeadamente os ‘12 Mais Velhos’, ‘Anciãos e Conselheiros’ da Direcção Central e as ‘18 Classes e 16 Tribos’, mas preferiram fazer investimentos numa dissidência ilegal que não tem nenhum documento. Todo o investimento foi feito por um governo que nega as dissidências e que condena a ilegalidade, mas foi o mesmo que mandava para publicitar a personificação», revela.
Aquele responsável pediu ao Executivo de João Lourenço para que não haja mais ingerências de políticos nos assuntos da igreja, «porque a igreja foi silenciada. A igreja está legalizada, mas para participarmos nos encontros convocados pelo Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos era uma guerra. Houve políticos que estavam ajudar a silenciar a igreja dos ‘12 Mais Velhos’ para enaltecerm uma dissidência ilegal e que tem uma origem maligna. Quando estamos a falar da personificação, o governo recebe-os, e os da ‘mayombola’ são proibidos e presos, enquanto que aquele que é também criminoso fica solto. Os interesses políticos não podem prejudicar os da nação, nem os dos povos», refere.
Maturnino Pedro Nzila desafia Afonso Nunes dizendo: «sabemos que ele não tem coragem de dar uma conferência de imprensa e falar que o seu recurso foi negado. Ele prefere manter-se no silêncio», realça.
Mais dados sobre esta conferência de imprensa e o assunto em si nas próximas edições. J24 Horas.
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