Dom Afonso Nunes e sua ala já interpuseram recurso junto do Tribunal Constitucional requerendo a anulação da decisão do Supremo.
Aparentemente sereno, o Bispado da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, em comunicado do dia 02, assegura que a “Igreja de Cristo continuará com a sua marcha triunfante, rumo à cidade santa nova de Jerusalém e os verdadeiros tocoístas cerrarão sempre fileiras em torno do líder espiritual sua santidade, pai Mayamona nosso venerável e eterno dirigente. Rumo à igreja única, una e indivisível”.
Monteiro Pinto Capunga, empresário, membro do Comité Central do MPLA e deputado à Assembleia Nacional, éde uma tropa de choque.
“Da nossa Igreja e do nosso líder, D. Afonso Nunes, ninguém nos afasta”, adverte, bastante exaltado.
Segundo o jornal Correio Angolense, Capunga disse ter a certeza que a decisão da Câmara do Cível Administrativo, Fiscal e Aduaneiro do Plenário do Tribunal Supremo foi “cozinhada por um conhecido juiz. Estamos a consolidar as provas que temos e dentro de pouco tempo traremos a público as manobras desse senhor”.
O episódio ocorrido na Igreja Tocoísta suscitará inevitáveis inquietações no seio do MPLA.
Além do deputado Monteiro Capunga, o MPLA tem outros “barões” que militam na Igreja Tocoísta. Um deles é o general Fernando Garcia Miala, o poderoso director do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado, é também um tocoísta de “cabeça, tronco e membros”.
Desde que D. Afonso Nunes ascendeu à sua liderança, o líder dos tocoíatas tem tido mais do que simples relações de cortesia com o MPLA e com o seu presidente.
Ao tempo de José Eduardo dos Santos, D. Afonso Nunes era presença assídua no palácio presidencial.
A mando de José Eduardo dos Santos, a Sonangol deu decisivos aportes financeiros para a construção da majestática catedral dos tocoístas.
Com o Presidente João Lourenço, o bispo D. Afonso Nunes também mantém uma relação muito estreita. No mês passado, ele defendeu o alargamento para três dos mandatos do Presidente João Lourenço. O assunto não está na proposta de revisão constitucional que o Presidente da República apresentou à Assembleia Nacional.
Por isso mesmo, acredita-se que o líder dos tocoístas não falou por falar.
Com o discreto apoio do MPLA e do seu Presidente ninguém se surpreenderá se D. Afonso Nunes conseguir alterar a tendência do resultado no Tribunal Constitucional.
É talvez por isso que o deputado Monteiro Capunga se antecipa com toda a segurança: “mudar o nome da nossa igreja ou perdermos o nosso património? Não, isso não vai acontecer. A Igreja é nossa e nós não vamos mudar de nome e no nosso património ninguém tocará”.
Uma fonte do Lil Pasta News, da ala dos 12 Mais Velho, confirmou que muitos dirigentes do MPLA tem apoiado Afonso Nunes e em agradecimento o bispo obriga os fiéis a votarem no partido no poder nas eleições.
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