A médica Manuela Mendes garantiu ser inocente no caso “Build Angola” e está disposta a colaborar com as autoridades policiais e judiciais, para capturar as pessoas que fizeram uso da documentação da empresa, que nunca funcionou, da qual é sócia maioritária, para burlar milhões de dólares a angolanos.
“Tenho familiares e amigos, prejudicados no referido projecto habitacional Bem Morar, sob tutela da empresa brasileira Build Angola, que fizeram poupanças para ter uma casa que nunca receberam”, disse a médica, que lamenta ter sido citada em alguns meios de comunicação social, dando conta da sua ligação à empresa brasileira.
“*Todo o tostão que ganhei na minha vida foi com muito trabalho e nunca estive ligada a burlas*”, disse. Insatisfeita com o facto de o seu nome ser associado à Maternidade Lucrécia Paím, onde é directora geral, Manuela Mendes afirmou que, depois da criação da empresa, a documentação esteve sempre com a sócia, por sinal um familiar.
“*A empresa nunca arrancou e já nem me lembrava que existia*”, indicou. Segundo Manuela Mendes, a sócia desconhece como foram feitos os actos de parceria com cidadãos brasileiros.
Disse ter já feito uma carta ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), para investigar as pessoas que andaram em conluio com a empresa brasileira e para serem severamente punidas.
Médica e professora há mais de 40 anos, Manuela Mendes presume que alguém terá vendido a empresa a estrangeiros, acto que considera “comum entre angolanos”.
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