O ex-administrador municipal do Moxico, Valdemar Salomão, constituído arguido pela Procuradoria Geral da República (PGR), por “fortes suspeitas” de cometimento de crime de peculato, está fora do seu município de jurisdição, a Cameia, há mais de cinco meses, de onde terá saído foragido para Portugal a pretexto de tratamento médico, numa altura que os munícipes solicitam a sua exoneração e nomeação do seu adjunto para cobrir a vacatura.
Segundo apurou o Na Mira do Crime, nas ‘chanas do leste’, Valdemar Salomão é acusado de ter celebrado um contrato de forma indevida com uma empresa de construção civil, para a reabilitação da vala de irrigação de Sacassanje, 15 quilómetros a Sul da cidade do Luena, província do Moxico.
Este é, de resto, os motivos que terão levado Valdemar Salomão a abandonar o município da Cameia, de onde é administrador municipal, em direcção a Portugal, deixando aquela circunscrição da província do Moxico ao cuidado do seu adjunto António Fidel Tchinhama.
Mais cinco arguidos no processo
Segundo a PGR, o negócio, no valor de 20 milhões de Kwanzas e que deveria ser executado em 2020, envolve ainda outros cinco arguidos.
Em declarações à imprensa, o advogado do arguido, Benedito Sessa, contrariou a acusação da PGR, alegando possuir matéria de facto que indica que, do ponto de vista jurídico, o contrato seguiu todos os trâmites legais.
O causídico negou, igualmente, informações postas a circular nas redes sociais sobre uma suposta fuga do ex-administrador para Portugal, esclarecendo que o seu cliente encontra-se naquele país europeu desde o ano passado em tratamento médico, após ter solicitado um período de dispensa.
“O cidadão está bem localizado e volta ao país tão logo terminar as suas consultas”, reforçou o advogado.
Depois de administrar o Moxico, Valdemar Salomão passou a exercer o mesmo cargo no município da Cameia, até à data da sua deslocação à Portugal.
Na Mira do Crime
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