O Sindicato dos Médicos de Angola já havia alertado, no principio do mês, para a possibilidade dos hospitais em Angola estarem à beira de um caos sem precedentes.
Os profissionais do sector lançaram um grito de socorro diante a uma média de 50 pessoas mortos diariamente nos hospitais de Luanda, na maioria dos casos por falta de medicamentos.
O sindicato reporta também as enchentes de doentes nos corredores dos hospitais que, na sua maioria, estão sem capacidade para atender a demanda, cuja pressão tem causado muita sobrecarga, entre os profissionais de saúde.
As doenças diarreicas agudas, a malária, o paludismo e a má nutrição apresentam-se com as principais patologias que afectam a maioria das famílias, sobretudo aquelas de baixa renda que vivem em comunidades precárias.
Outro fenómeno que assola os angolanos tem que ver com a fome gritante, que está a obrigar muitas famílias a recorrer aos contentores de lixo para se alimentarem, transformando-se em potenciais futuros doentes.
Especialistas em saúde pública têm chamado a atenção das autoridades para as consequências que já eram previsíveis, em virtude das prioridades do sector da saúde terem sido, exclusivamente, canalizadas para a prevenção e combate da pandemia, em detrimento da prevenção de doenças endémicas que, todos os anos, assolam várias comunidades.
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