Carlos Alberto Jaime “Calabeto” é considerada como um dos maiores malabaristas que Angola já teve. Durante anos aproveitou-se da confiança que tinha com José Eduardo dos Santos para enganar tudo e todos.
Sob a capa de desportista ferrenho, ligado ao Hóquei em Patins, através da equipa do ENAMA de Viana criou como que um “escudo protector”.
Recorde-se que ENAMA foi a Empresa Nacional de Mecanização Agrícola, dependente do Ministério da Agricultura, mas que, Calabeto, na qualidade de PCA, geria em proveito próprio, como sua propriedade particular. A ENAMA foi extinta pelo Presidente da República, João Lourenço, na sequência de diversos litígios e dívidas, sobretudo aos trabalhadores.
Sendo uma empresa essencialmente técnica, ao longo dos tempos, Calabeto é acusado de ter desviado todos os meios técnicos importados pelo Estado angolano, como tractores, charruas, camiões e até aviões de irrigação, vendendo-os a terceiros em prejuízo do Estado.
Foi assim que criou a “Gesterra” que, entre diverosos assuntos, se confundia com a ENAMA, empresa angolana de gestão de terrenos agrícolas conotada ao braço empresarial do MPLA, a Gefi.
Carlos Alberto Jaime “Calabeto”, que é engenheiro de maquinação agrícola, formado em Cuba, é uma figura próxima a José Eduardo dos Santos que, igualmente, o apresentou como seu sobrinho. É a ele, a quem JES, a dado momento propôs para ser o ministro da Agricultura, tendo o mesmo rejeitado.
Porém, na pratica, era ele que operava como um “Ministro sombra da Agricultura” em Angola. Em Abril de 2010, o Presidente da República criara uma comissão para radiografar o estado da agricultura no país, e foi Calabeto que chefiou a referida comissão (o ministro Pedro Canga foi desencontrado).
JES entregou- lhe a gestão de cerca de 19 projectos, dentre os quais o “Aldeia Nova”, e o contrato para a implantação da “Fazenda Pungo Andongo”, com as sociedades Construtora Norberto Odebrecht S. A. e a FNP – Consultoria e Comércio, Limitada.
Assim o ex-presidente, José Eduardo dos Santos, passou oficialmente a gestão do projecto agrícola, Aldeia Nova, à empresa «GESTERRA – Gestão de Terras Aráveis, Sociedade Anónima, cujo presidente do Conselho de Administração era Carlos Alberto Jaime “Calabeto”, sua figura de alta confiança. Contudo, o projecto, de que muito se esperava acabou por falir.
No governo de João Lourenço, Calabeto Jaime foi nomeado Secretário de Estado para a Agricultura, cargo de que acabou por ser exonerado, para exercer outro cargo a nível da Presidência da República.
Contra Calabeto, existe matéria suficiente para que os serviços competentes de investigação, a PGR, possam levar o processo avante e agir em conformidade com a lei.
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