Dados indicam que as fraudes ocorreram, maioritariamente, na área comercial, mas foram também identificadas fraudes externas, decorrentes da realização de descobertos bancários com cartões de débito «multicaixa».
Pouco mais de 197 milhões de kwanzas é o valor apenas recuperado de operações fraudulentas ocorridas no Banco de Poupança e Crédito (BPC) no ano passado. A informação foi verificada pelo Novo Jornal no relatório e contas de 2020 do banco público, divulgado, a 9 de Abril, no site oficial da instituição bancária detida pelo Estado.
Contas feitas pelo nosso semanário indicam que o montante recuperado representa abaixo de um quarto dos 728,2 milhões de kwanzas do dinheiro que saiu do banco de forma fraudulenta, como, aliás, avança no relatório e contas do BPC o Departamento de Prevenção e Fraude.
O BPC informa que “foram analisados pelo Departamento de Prevenção e Fraude 371 eventos, dos quais 56 foram considerados fraudulentos, com perdas avaliadas em 728,2 milhões de kwanzas, e foram já recuperados e regularizados 197,1 milhões de kwanzas”, lê-se no relatório.
Quanto à natureza das fraudes ocorridas no BPC, de acordo com cálculos do Novo Jornal, 335 estão associados a transferências interbancárias indevidas, o que corresponde a 46%; 167 dos crimes estão ligados à emissão indevida de multicaixas, equivalente a 23%; enquanto 102 fraudes estão relacionadas com levantamentos indevidos sem cheque (14%).
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