Banco Europeu vai doar 50 milhões de dólares á Angola para comprar vacina da Covid



Angola espera beneficiar de 50 milhões de dólares norte-americanos do Banco Europeu de Investimento, para aquisição de vacinas contra a Covid-19.


Ao intervir na abertura das conversações oficiais com uma delegação do Conselho Europeu, o Presidente da República, João Lourenço, afirmou que, no quadro do combate à Covid-19, o país adquiriu com recursos próprios seis milhões de vacinas Sputnik-5.


O Chefe de Estado esclareceu que Angola conta receber a primeira metade das referidas vacinas durante o mês de Maio.





No encontro, realizado no Palácio Presidencial, em Luanda, João Lourenço sublinhou que no combate à pandemia Angola fez grandes investimentos em infra-estruturas físicas e no seu apetrechamento.


Adiantou que esse trabalho resultou no aumento da capacidade de internamento em mais cinco mil novas camas, mil e 28 das quais mil para as unidades de cuidados intensivos.


O investimento do Governo angolano, no quadro do combate à pandemia, resultou também na aquisição de ventiladores e materiais de biossegurança, bem como na admissão e formação específica do pessoal médico e paramédico.


“Desde Março de 2020, o país tem um total de 26 mil 178 casos positivos, sendo 70 por cento destes só na província de Luanda e lamentamos um total de 591 mortos até à presente data”, disse o Chefe de Estado angolano.


No encontro com a delegação chefiada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o Estadista angolano informou que o país iniciou a campanha de vacinação a nível nacional com recurso a cerca de 630 mil doses doadas pela iniciativa Covax.


Segundo o Presidente João Lourenço, a iniciativa Covax comprometeu- se com esse processo (doação), até atingir as 13 milhões 224 mil e 240 doses de vacinas.


No quadro bilateral, o Chefe de Estado angolano sublinhou que Angola e a União Europeia (EU) trabalham na elaboração do acordo de facilitação de investimentos e na realização do fórum empresarial de alto nível, previsto para o ano em curso.


Referiu que Angola e a UE também trabalham na conclusão do processo de revisão do acordo de parceria económica, pelo que, acrescentou, o Programa Indicativo Nacional do 10º fórum com a UE já resultou na implementação de oito programas.


No total, os referidos programas ficaram orçados em 132 milhões de euros, numa acção que tem contado com o apoio do Banco Europeu de Investimentos, fundamentalmente, em projectos de investimento público no sector de energia, águas e telecomunicações.


Na sua intervenção, o Presidente João Lourenço lembrou que a economia de Angola sempre esteve dependente das receitas da exportação do petróleo bruto, facto que considerou “errado” e “perigoso”, por ser um produto com preço muito volátil.


Para inverter esse quadro, prosseguiu o Presidente João Lourenço, o Governo angolano apostou na diversificação da economia com “uma forte aposta” no sector privado, através da melhoria do ambiente de negócios.


O Titular do Poder Executivo elucidou que o Estado está a realizar concursos públicos para a concessão da gestão e exploração de terminais portuários e caminhos-de- ferro.


Ainda no quadro da melhoria do ambiente de negócios, o Presidente da República indicou que o Estado angolano está, igualmente, a alienar, por via de concursos públicos e privatização, activos a favor de privados.


“Todas estas medidas vêm em simultâneo com uma vasta campanha de combate à corrupção e à impunidade”, disse o Presidente da República, que antes das conversações oficiais entre as duas delegações teve um encontro com o líder do Conselho Europeu, Charles Michel, com quem abordou questões de interesse comum.


No seu discurso, o Estadista angolano fez menção ao facto de Angola presidir a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e que nesta qualidade tem envidado esforços para a resolução dos conflitos entre o Rwanda e o Uganda.


O Chefe de Estado também fez menção ao empenho de Angola, na condição de presidente em exercício da CIRGL, na pacificação da República Centro Africana (RCA).


Ainda na sua qualidade de Presidente em exercício da CIRGL, sublinhou os resultados alcançados na mini-cimeira de Luanda realizada a 20 de Abril último.


Entre os resultados da mini-cimeira destacou o compromisso com os principais líderes rebeldes da RCA em abandonarem a via armada, desde que seja dados os passos subsequentes recomendados pela cimeira.



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