As fronteiras, cda BB-Graça Campos


No MPLA, não está "pacífica" a separação de águas. Ainda agarrados às práticas e métodos do monolitismo, alguns sectores do partido continuam convencidos que, de 1992 aos dias de hoje, nada mudou e que o MPLA continua a ser o povo e vice versa. Ou seja, na prática, há gente no partido da situação que acredita piamente que MPLA e Estado são uma e a mesma coisa, ou seja, uma entidade indivisível. 

É isso que explica que tendo tanto por onde escolher - a partir do seu próprio comité provuncial, que tem uma ampla sala de reuniões, o Centro de Conferência de Belas, o Complexo Futungo II, ou a própria sala de reuniões do Comité Central - Bento Bento, recentemente reconduzido no cargo de primeiro secretário provincial de Luanda, tenha escolhido, nada mais nada menos, que as instalações da Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP) para reunir com o "staf" que escolheu na sua "rentrée".




A confusão de papeis, o quero, mando e posso não são apenas traços da arrogância. São também sintomas de cansaço e de incapacidade de perceber que os tempos do MPLA/Estado já pertencem ao passado.

Alguém precisa de dizer, urgentemente, a BB que a ENAPP é uma entidade pública. Não é lá que deve reunir com os seus pares.

Em países em que há respeito pela propriedade pública, a própria ministra da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, que tutela a ENAPP, deveria apanhar uma "pastilha" por haver permitido mais essa promiscuidade.



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