A CAPTURA DO MAJOR- JOSÉ GAMA

 


Senão não falasse muito e se não tivesse adoptado o habito africano de ter muitas   amigas,  o SINSE também  não lhe colocaria na frente uma nova “amiga”, e ninguém  iria saber o que o major  guardava  do apartamento.  Se não tivesse readaptado  o refração de O Gabriel,  o Pensador de “querer  morar  numa  favela”, para o sonho de  “querer  morar no Talatona”, o  major também  não se tornaria vizinho do ministro  Adão de Almeida,  nem fraturava uma das  pernas  ao saltar o muro  do condomínio ImoLuanda, quando os efectivos o cercaram para capturar.  Se o major falar tudo vai se saber que ele não passa de um “proxy”, e que a sua família na Chibia, vive com dificuldades.  



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Se as coisas virem ao de cima vamos todos perceber  que não era um  “major de banda musical” mas um antigo economista na secção de  processamento  de salários da Casa de Segurança. Se as coisas virem, vamos todos nos  questionar  como   é que alguém  que já não  trabalha  na Casa de Segurança desde 2018, tem no seu apartamento  a família de novas notas de kwanzas  emitidas em 2020. Continuava a ter acesso a Casa de Segurança, ? quem  lhe abre o portão ?  Que relação tem o major com generais afastados ? Porque que alguns mortos ainda constam  na folha de salários da UGP ? Porque que A  UGP   mantém uma força clandestina “os chacais”,  cujos salários são pagos a mão ? Não serão   estes salários pagos a mão que depois voam  para  apartamentos dos  majores ?   Há muitas questões que a media controlada pelo “partido”  poderia ter melhor explorado e usado nos minutos de antenas que tem  desperdiçado  para diabolização do líder do partido rival ao poder.



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