Estávamos concentrados em Kanu, no Norte da Nigéria. O Landinho Pitagros fotografou-me à saída do hotel, todos já equipados com os símbolos da Banca de Angola, para defrontarmos o Kanu Super Star, campeão da Nigéria. Postos no campo, inesperadamente, encontramos um ambiente ruidoso, muito estranho e extremamente hostil. O pessoal de lá, todos homens com espessos turbantes enrolados à cabeça, veio assistir ao jogo montados em camelos, que deixaram durante horas em berros insuportáveis impiedosamente amarrados em travessas de madeira nos estábulos existentes num palanque exterior. Fedia a camelo por todo lado dentro e fora do pavilhão. O falecido Alberto Pequenino tinha muito medo de camelos, sendo ele de Caimbambo. Ali, nunca, por gloriosas graças do Senhor, apareceu camelo algum, ou algo que parecesse. Caimbambo é terra de milho e massango quando chove, também rota de gado roubado e muito feitiço. Tambem já houve laranjais, sisal e pumumos pousados ao par nos ramais dos imbondeiros que bordeavam a estrada até ao Cubal.
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Camelos propriamente ditos, de duas bolsas e muito pelo como o areias, nunca o povo viu tão desaventurada criatura! Só poderia ser obra de implacáveis feiticeiros mandados para nos prejudicarem, a nós, os orgulhosos angolanos, balbuciou o Pequenino ao meu ouvido durante o aquecimento. Para cúmulo do nosso azar, havia ventoinhas eléctricas enormes montadas no tecto da quadra de jogo e eles já estavam habituados às oscilaçoes da bola, por efeito das correntes de ar. Jogamos muito nesse dia, estivemos em vantagem durante todo o jogo, mas no final o árbitro decidiu pelos homens da casa.
No dia seguinte o governo de Angola mandou o Boeing 737 buscar-nos e assim regressamos à Luanda.
Tivemos uma juventude muito engajada e comprometida com valores.
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