O actual presidente da FNLA, Lucas Ngonda, anunciou, nesta quinta-feira, em Luanda, a sua recandidatura a uma liderança de transição no partido.
Lucas Ngonda esclareceu, ao apresentar, em conferência de imprensa, as razões da sua recandidatura, que concorre a um mandato de transição, até 2022.
De acordo com o político, o período de transição deve durar até 2022, altura em que se prevê a realização de um congresso extraordinário, para a eleição do cabeça de lista e dos candidatos a deputados, no quadro das eleições gerais.
Lembrou que o partido vive diferendos desde 2007, depois da morte do líder fundador, Holden Roberto, apesar dos esforços empreendidos, em Junho de 2020, para a reconciliação com os militantes que sentiam afastados da organização.
“O grande problema que o partido enfrenta está relacionado com questões sociais, derivadas da pouca assistência que os seus militantes recebem das autoridades de direito. A esta questão se junta a não priorização da unidade do partido, em detrimento dos interesses pessoais”, lamentou.
Questionado sobre as medidas que pretende adoptar para a unidade do partido, caso seja reeleito, Lucas Ngonda defendeu a necessidade de se mudar os métodos de actuação.
“Ao longo de todas as discussões efectuadas nestes últimos anos, o problema da unidade da FNLA não foi tratado como problema fundamental, mas sim foi relegado para um plano secundário”, referiu.
O V congresso ordinário da FNLA vai decorrer de 16 a 19 de Junho próximo e concorrem ao cargo de presidente, para além de Lucas Ngonda, Joveth de Sousa, Fernando Pedro Gomes, Tristão Ernesto e Laiz Eduardo.
Fundado em 1954, o partido FNLA é, a par do MPLA e da UNITA, uma das forças políticas que lutou para o fim do colonialismo português em Angola.
Nas primeiras eleições gerais, em 1992, elegeu cinco deputados, em 2008, três, em 2012, dois e, nas de 2017, apenas um, dos 220 assentos que compõem a Assembleia Nacional (parlamento angolano).
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