As barbaridades dos combatentes da Swapo em Angola- José Gama



Acaba de chegar nas livrarias sul africanas  o livro de  Oiva Angula, lançado em meados de 2018.  A historia de um namibiano, que ao tempo da guerrilha foi enviado para o Lubango como comissario politico da Sawpo, e posto no terreno os seus colegas/Irmãos  tomaram-lhe como espião do regime do apartheid.  Foi castigado, torturado, mantido sob cativeiro durante quatro anos,  registrando-se assim uma das paginas mais tristes  de intolerância nas hostes da guerrilha da Swapo em Angola.  


A historia de Oiva Angula, na primeira pessoa, é semelhante ao que também aconteceu  no seio dos combatente do ANC em Angola, quando na década de 80, país sul africanos negros  enviaram de forma clandestina,  seus filhos  a fim de travarem luta contra o regime do apartheid, ao nosso país. Em território angolano, os instrutores do ANC acharam  estranho o facto de  jovens universitários largarem os estudos para se juntar a luta armada além fronteira. Acusaram os estudantes de espiões do regime.  De seguida prenderam, torturaram, e executaram os jovens. Com o fim do regime, as mães dos estudantes, pediram esclarecimentos dos seus filhos,  diante a comissão de verdade e reconciliação então criada. 



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O ANC, teve serias dificuldades em explicar a execução dos estudantes em território angolano.  Teve de abafar. Este foi o único excesso cometido pelo  ANC, diante a luta contra oi apartheid,  que tudo se fez para não ser debatido naquela comissão de verdade e reconciliação.  


Em 2006, num ensaio sobre as relações entre Angola e Africa do Sul, o autor destas linhas descrevia o desconforto do ANC, nos seguintes termos: “Entretanto, é na sua conferência consultiva ocorrida em Junho de 1985 na Zâmbia, que o ANC reflecte sobre incidentes menos correctos ocorridos no seio dos seus militantes em Luanda, cujas conclusões seriam mesmo deselegantes mas contudo coincidindo com os descontentamentos que levaram o seu então responsável pela informação Thabo Mbeki a convocar um conferência de imprensa na Zâmbia, para falar do que presenciara, um ano antes em solo angolano. Mais tarde antes de chegar a Presidência do ANC, Mbeki, segundo Paul Trewhela, terá sido decisivo para que a comissão de verdade e reconciliação na África do Sul se desfizesse deste dossier. ”



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